segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Indicações de livros

Apresentamos aqui mais novidades adicionadas no nosso blog do Ensino Religioso. É uma página em separado para indicar publicações de livros sobre Ensino Religioso tanto didáticos quanto teóricos.
http://eensinoreligiosororaima.blogspot.com.br/p/indicacoes-de-livros.html

Atividades para 2014

Desejo a todos um Feliz Natal e um ano cheio de felicidades. Que a paz nasça em nossos corações e possamos compreender ainda melhor as diversas visões de mundo religiosos que todos possuem.

Que na presença de Jesus Cristo, figura representativa de muitas religiosidades do nosso tempo, possamos celebrar o seu nascimento. Que esta presença possa ampliar ainda mais nossa consciência religiosa e nossas aberturas para o conhecimento e o respeito de outras religiosidades.

Apresento a todos um cronograma para as atividades do próximo ano. Nele temos o que pretendemos realizar no próximo ano. Fiquemos atentos para o primeiro encontro do ano de 2014 que será realizado no dia 30 de janeiro.

Serão realizados 11 encontros de formação continuada, 2 Fóruns e 2 Oficinas conforme o seguinte cronograma:
CRONOGRAMA – FORMAÇÃO CONTINUADA – ENSINO RELIGIOSO

AÇÃO
TEMA
MÊS
DIA
01
Religiões no Estado de Roraima
Janeiro
30
02
Religião e Ciência
Março
13
03
Narrativas sagradas
Abril
03
04
O Catolicismo no Brasil
Maio
08
05
O Protestantismo no Brasil
Junho
05
06
Neo-pentecostalismo
Julho
03
07
Religiões orientais no Brasil
Agosto
06
08
O sincretismo das religiões
Setembro
04
09
Política, violência e drogas no contexto Religioso
Outubro
02
10
A religiosidade na pós-modernidade
Novembro
06
11
Espiritualidade
Dezembro
04

CRONOGRAMA – FÓRUM INTER-RELIGIOSO/ENSINO RELIGIOSO - 2014

DATA
ATIVIDADE
CARGA HORÁRIA
TEMÁTICA
01
12/03/2014
Iº Fórum Inter-religioso de Roraima/ER.
2h
CRISTÃS
02
07/05/2014
IIº Fórum Inter-religioso de Roraima/ER
2h
AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
03
15/05/2014
Avaliação dos Fóruns
X
X

CRONOGRAMA – OFICINAS – 4º AO 5º ANO

4º ANO
DATA
ATIV.
CARGA HORÁRIA
TEMÁTICA
01
30/01/2014
Oficina
04
Sou religioso?
02
03 e 04/09/2014
Oficina
04
A tradição dos alimentos nas religiões.
5º ANO
DATA
ATIVIDADE
CARGA HORÁRIA
TEMÁTICA
01
30/01/2014
Oficina
04
A vida e seus símbolos.
02
03 e 04/09/2014
Oficina
04
Rito: O que é?


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Texto: Teologia

Disponibilizamos o texto sobre Teologia, referente à formação continuada do dia 05 de dezembro de 2013 e para uso em sala de aula. O texto apresenta uma visão de teologia conforme o que preconiza a legislação sobre a obrigatoriedade da oferta desta disciplina no ensino fundamental. Tem como base o Referencial Curricular do Ensino Religioso.
Eixo 4: Teologia

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Atestado de participação

Este encontro de formação do mês de dezembro é o 11º deste ano. A coordenação do ER agradece a todos os que participaram destes encontros de formação dos professores do Ensino Religioso, e em especial aqueles que tiveram uma presença ativa.

Ao final do encontro do dia 05 de dezembro será entregue o Atestado de Participação nos encontros do ano.

Formação de dezembro

Confirmamos nossa formação para o dia 05 de dezembro, quinta-feira. Sugerimos a leitura do texto do eixo 3: Textos sagrados ( http://eensinoreligiosororaima.blogspot.com.br/search?q=textos+sagrados).
Além do mais teremos apresentação do tema teológico. Acredito que hoje mesmo disponibilizarei este texto também para a leitura.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Aula de Inglês

Amanhã, dia 09 de novembro de 2013, haverá reunião do curso de inglês da UNIVIRR, às 10h, para decidirmos as reposições das 06 aulas. Obtive informação com a professora Valeska de que estará presente.

Educação cristã no Rio Branco

Disponibilizo a apresentação do Pe Vanthui Neto sobre a História da Educação cristã no Rio Branco. Esta foi a apresentação da palestra ministrada no dia 07 de novembro de 2013, nosso último encontro da formação continuada. Devido à importância da temática e o fato de o palestrante poder estender um pouco mais sua apresentação, não tivemos a temática sugerida sobre o debate de textos sagrados. Numa próxima oportunidade faremos esse debate. Lembrando que para este debate é importante fazer a leitura do texto disponível neste blog.

Educação cristã no Rio Branco (RR)

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Formação continuada - Novembro/2013

Informamos que a nossa formação continuada do dia 07 de novembro, a próxima quinta-feira, será sobre Textos Sagrados. Seria interessante que todos fizessem a leitura antecipada do texto referente ao tema é só acessar http://eensinoreligiosororaima.blogspot.com.br/search?q=textos+sagrados

Nós faremos um debate amplo sobre o tema. Teremos ainda a Palestra do Me. Pe Raimundo Vanthuy Neto, discorrendo sobre uma temática de sua dissertação.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Congresso do Ensino Religioso

Diversos professores de Roraima participaram do Congresso do Ensino Religioso em Juiz de Fora, realizado entre 3 e 5 de outubro de 2013. Abaixo está o Boletim 70 do FONAPER, no qual descreve as atividades desenvolvidas pelo Congresso:

Prezado/a educador/a:
Segue um breve relato das atividades desenvolvidas no VII CONERE que, teve seu início na última quinta-feira (03), na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF/MG). Foi realizado no anfiteatro 1 do Instituto de Ciências Humanas (ICH) com a participação de uns 320 professores e pesquisadores provenientes de diversas regiões do Brasil. Os participantes foram recebidos com uma apresentação de viola caipira, tocada pelo compositor e violeiro Fabrício Conde, natural de Juiz de Fora (MG).
Em seguida, às 18h30, deu-se início à solenidade de abertura que contou com as seguintes autoridades:
- Prof. Adecir Pozzer - Coordenador do FONAPER;
- Prof. Eduardo - Pró Reitor de Extensão da UFJF;
- Prof. Eduardo Salomão Conde - Diretor do Centro de Instituto de Ciências Humanas da UFJF,
- Prof. Arnaldo Érico Huff Junior - Coordenador do Programa de Pós-Graduação de Ciência da Religião da UFJF
- Profª. Lilian Blanck de Oliveira - Coordenadora da Rede Nacional de Licenciaturas em Ensino Religioso (RELER);
- Porfª. Marga Janete Ströher - Representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR).
Entre as 19h e 21h30 a primeira mesa temática discutiu “A construção dos conhecimentos nas culturas – tradições religiosas e não religiosas”, que teve como coordenador o Prof. Dr. Faustino Teixeira (UFJF) e como expositores o Professores: Dr. Clodomir Barros de Andrade (UFJF), Dr. Agnaldo Cuoco Portugal (UnB) e o Dr. Vagner Gonçalves da Silva (USP).
A manhã de sexta-feira (4) foi destinada a realização das comunicações, momentos ricos de socializações de pesquisas, experiências e de diálogos nos 12 Grupos de Trabalho (GTs). De todos os trabalhos apresentados, em torno de 70 textos foram selecionadas para em breve serem publicados nos anais do evento. Durante a tarde, entre as 14h e 16h ocorreram 12 mini-cursos, momentos destinados ao trabalho coletivo relacionado à práticas pedagógicas em Ensino Religioso. Ainda no final da tarde entre as 17h e 19h30 aconteceu a Mesa II que tratou do tema “Os conhecimentos religiosos e não-religiosos na produção do conhecimento científico”. Os expositores foram os Professores: Dr. José Ivo Follmann (UNISINOS); Dr. Lauri Emílio Wirth (UMESP) e o Dr. Eduardo Gross (UFJF), cuja coordenação esteve a cargo do Dr. Gilbraz de Souza Aragão (ANPTECRE e UNICAP).
Na noite de sexta-feira realizou-se ainda a Assembleia do FONAPER, onde se definiu que o próximo evento, o XIII Seminário de Formação de Professores para o Ensino Religiosos (SEFOPER) ocorrerá em Belém do Pará, na Universidade Estadual do Pará (UEPA). A noite finalizou com uma confraternização em comemoração aos 18 anos do FONAPER com um delicioso bolo mineiro recheado com doce de leite, com direito à vela, canto e palmas de parabéns. 
Na manhã de sábado (5) encerrou-se o evento com a Mesa III, que tratou da temática “A (re)construção dos conhecimentos religiosos e não- religiosos no Ensino Religioso”, tendo como expositores os Professores: Dr. Carlos Rodrigues Brandão (UNICAMP e UFU), a Dra. Anísia de Paulo Figueiredo e o Drando Elcio Cecchetti, que ocupou o espaço da Profª Lílian Blanck de Oliveira que se ausentou por motivo de doença. A coordenação da mesa ficou sob a responsabilidade do Prof. Dr. Carlos André de Macedo Cavalcanti (UFPB).
A coordenação do FONAPER agradece a parceria com a UFJF e a todos os participantes e aguarda todos/as no XIII SEFOPER em Belém do Pará em 2014.
Atenciosamente,
Coordenação FONAPER

Gestão 2012-2014

Moral e Ética

Para a temática da moral e da ética temos um vídeo interessante do programa Diálogos impertinentes, produzido pela TV PUC de São Paulo. Na realidade é um debate entre o filósofo Olavo de Carvalho e o doutor em teologia e frei dominicano Carlos Josaphat sobre o tema "A Moral". Ele foi transmitido pela TV PUC-SP em 20 de setembro de 1998.

A Moral (Ética): Programa diálogos impertinentes.

Palestra: Identidade Narrativa

Disponibilizamos a apresentação Paul Ricoeur e a questão da identidade narrativa, realizada em palestra pelo professor Manoel Rabelo no último dia 08 de outubro. O tema envolve a concepção de identidade e ética, assuntos referentes ao Eixo 4 do nosso Referencial Curricular. O texto desse eixo será disponibilizado na semana que vem. Para quem usa o windows mais recente pode baixar qualquer arquivo. Para quem usa versões mais antigas prefira em pdf ou power point.

Paul Ricoeur e a questão da identidade narrativa em pdf.
Paul Ricoeur e a questão da identidade narrativa em Power point.
Paul Ricoeur e a questão da identidade narrativa em odp.

Textos Sagrados

Disponibilizamos aqui em duas formas "Textos Sagrados". Está disponível no próprio blog e em pdf para baixar:

Eixo 3 em PDF: Textos Sagrados.

EIXO 3: Textos sagrados


3.1 Revelação: a manifestação do sagrado nas tradições religiosas através da pessoa ou indivíduo escolhido pela divindade, na qual o mesmo o representa


A revelação representa uma das principais maneiras de formulação dos princípios religiosos. Ela pode acontecer tanto pela indicação de uma pessoa como fonte da revelação divina ou um grupo de pessoas. É necessário compreender que a maior parte das revelações são comunitárias, isto é, recebida por um grupo de pessoas, que aos poucos ela vai se configurando até chegar a uma interpretação completa.
Percebe-se que a linguagem constitui fonte colaboradora dos escritos revelados. “A linguagem é misteriosa. Quando uma palavra é dita, o etéreo é feito carne; a fala requer encarnação – respiração, controle muscular, língua e dentes.” Ao sentirmos dificuldades passamos a expressar o que queremos que se realize. Na linguagem a realização muitas vezes se torna inadequada, pois quando expressamos, algo fica não dito, inexprimível. Na própria fala existe um caráter transcendente da experiência humana. 1
A falta de palavras para revelar o que exprimimos supera as representações aparentes. E mesmo as representações não são realmente o que se quer afirmar. Os poetas sentem essa necessidade, por isso procuram representar pelas linhas do que não foi dito. O mito, em muitos casos, pode revelar essa ânsia pelo infinito e o desejo de ser para além da matéria. Nesse sentido ele se constitui das palavras vivas na primeira forma de organizar e elaborar a formação e o surgimento dos elementos naturais e humanos.
Nas religiões proféticas ou reveladas – judaísmo, cristianismo e islamismo – os fatores primordiais para a sua realização são o diálogo, as orações para o transcendente e a comunicação da mensagem. A mensagem do cristianismo se destaca tanto nos escritos evangélicos – Mateus, Macos, Lucas e João – quanto nas cartas e outros escritos considerados sagrados. Para o judaísmo a Torá é a mensagem de Jeová dirigidas ao seu povo, tendo como intermediário diversos profetas. Para o islamismo a mensagem do Alcorão é de Alá (Deus) ditadas ao Profeta Maomé.
Os textos passaram a ser considerados como livros revelados com a inovação dos hebreus em usar os escritos para complementar a tradição oral. Era necessário o ensinamento escrito de origem celestial para os Israelitas porque deviam adorar apenas a um Deus. A vida urbana e a agricultura intensiva exigem novas formas de preservar a memória e a formulação de regras. Surge a tradição do direito do povo de Israel por meio dos Juízes e da Lei, que passa a ser considerada como Lei revelada.
Os textos sagrados servem para regulamentar a relação das pessoas com a divindade, determinar as regras da convivência comunitária, indicar as formas de oração e para guiar as ações para o agrado divino.


3.1.1 Judaísmo: Torá e Talmude


A Torá, composta dos livros bíblicos, é considerada a regra divina. Nela estão escritos os dez mandamentos, os 613 principais preceitos e a aliança de Deus ao povo de israel. Apresenta também a luta deste povo para se libertarem de outros povos e conquistar o que chamam a terra prometida. As regras divinas teriam sido entregues por Deus direto do Céu que ditou a Moisés no monte Sinai.
Ao romper a vassalagem com o Império da Babilônia, Judá, o pequeno estado do povo de Israel foi golpeado com a destruição da cidade de Jerusalém e o seu templo foi incendiado 586 a.C. O templo tinha sido construído no monte Sião pelo rei Salomão. 2
Os israelitas perderam sua autonomia política e religiosa, e acreditavam que Deus Jeová prometera, se lhe adorasse de forma exclusiva voltariam a viver em sua terra para sempre. Mas eles estavam em terra distante, só podia ser punição divina. Diversas vezes os israelitas romperam o pacto com Jeová e cabia ao povo mudar a situação. “Mas como então poderiam servir a Jeová sem o templo, o único meio de fazer contato com seu Deus?” Ezequiel, um jovem sacerdote, teve uma visão aterrorizante, um redemoinho de fogo e som tumultuoso, e esse fato o fez acreditar que era a glória de Jeová que havia saído de Jerusalém para morar com o seu povo exilado na Babilônia. Ao comer um rolo com as inscrições das lamentações do povo, dada por Deus, Ezequiel percebeu que era como o mel.3 Os exilados ansiavam pelo templo perdido, pois na época era impossível uma religião sem templo, mas os israelitas haviam tido o contato com o seu Deus através da Escritura sagrada e não com o santuário. O texto era desconcertante, mas eles sentiam a presença de Deus assim com se estivessem no santuário de Jerusalém. 4
Os exilados estudaram e editaram esses documentos trazidos em rolos para a Babilônia. Os escribas foram acrescentando adaptando a novas circunstâncias.
Os profetas deram outros rumos aos preceitos da Torá. Ao invés de um Deus impiedoso e que não perdoa as ofensas dos que cometem erros, nem as de suas descendências; é substituído pela abolição do castigo e da maldição contra toda a família, surge a noção de responsabilidade pessoal na Lei do Senhor. O que se exige é a retidão pessoal, e as condenações e as punições passam a ser individuais, e ainda existe a chance de reconduzir os que se perderam em caminhos tortuosos.
O caminho para se chegar ao monoteísmo hebraico, a adoração a um único Deus, foi a adoção do Deus local, Jeová, em oposição aos outros povos que adotavam uma diversidade de deuses. Era a religião nacional de um único Deus com a possibilidade de culto universal.
A Torá interpreta o êxodo do povo hebreu como um processo de libertação, descrito em seu primeiro livro.
O Talmude é um conjunto de textos visando explicar melhor os rituais e comportamentos do que está escrito na Bíblia hebraica. Alguns preceitos teológicos estão escritos com vistas a uma melhor interpretação das Escrituras.


3.1.2 Cristianismo: Bíblia e profetas.


Os cristãos possuem como livros revelados o primeiro e o segundo testamento. O primeiro testamento é a Torá dos Judeus e o segundo foi elaborado pelos cristãos para descrever a mensagem evangélica de Jesus Cristo. Há cartas encaminhadas aos cristãos por seus líderes da época e que foram mais tarde consideradas sagradas.
O primeiro testamento para os cristãos são a preparação para a chegada do Messias, o Cristo. Tudo o que há de explicações constituem revelação de Deus, através de palavras e realizações humanas. Muitas reflexões teológicas foram elaboradas sobre os significados dos textos sagrados do Judaísmo adaptados para a realidade dos cristãos. São feitas interpretações e atualizações dos acontecimentos relatados sobre a história do povo de Deus. Nesta parte da Bíblia é que se faz entender o significado de libertação, a partir dos êxodos realizados pelos israelitas. Eles ao relerem o Êxodo procuravam uma luz para o presente vivido. Eram os fatos históricos, políticos e econômicos que são constantemente relembrados: a travessia do deserto, a libertação do povo do Egito para conduzir a terra prometida. Esses fatos eram compreendidos como luz para o momento presente. 5 Há no primeiro testamento um constante processo de libertação que Deus promove ao povo sua salvação.
Os profetas, considerados representantes e anunciadores da mensagem de Deus, surgem em momentos de crise da fé dos hebreus: seja porque houve um afastamento dos seus caminhos ou pelas dificuldades, entre elas o êxodo e as guerras, e em relação às dificuldades do povo. A cada momento histórico o povo de Deus havia essas crises e reflexões sobre o significado e o destino do povo. Os textos escritos surgem para que esse povo visse a força libertadora de Deus e o povo encontrava no passado as respostas para o momento presente. As profecias de Isaías, por exemplo, servem para os justificar o fato mais perturbador para os cristãos: “Jesus de Nazaré, morto e ressuscitado. Jesus é o sinal de um novo Êxodo, uma nova Páscoa que estava fazendo surgir um povo novo, o povo das comunidades”. 6 O último e definitivo Êxodo foi realizado por Jesus com sua passagem da morte para a vida, ele se tornou o novo cordeiro Pascal, pelo batismo, os cristãos vivem o seu êxodo. Jesus dá a eles a nova lei, constitui o novo maná, é o selo da nova aliança que dá abertura para o novo povo de Deus. 7
Os cristãos consideram a Bíblia judaica, onde os desígnios de Deus estabeleceram uma aliança com os homens, mas que tudo se completa efetivamente no Novo Testamento (Evangelhos), onde o messias – Jesus – esperado e anunciado no Segundo Testamento se realiza com a Vinda de Jesus Cristo.
No Segundo Testamento pode-se ver que as parábolas dos evangelhos são conjuntos simbólicos do Reino e ao mesmo tempo simples exemplos morais: o Bom Samaritano, Lázaro e o Mau Rico, etc., 8 que são explicações alegóricas em defesa do Reino de Deus. Aqui o entendimento de salvação passa a se relacionar com a ideia de libertação, em todos os sentidos: tanto referente à libertação espiritual, quanto à libertação de dominações de algumas pessoas sobre as outras. Esta noção tem sido dada para os escritos bíblicos a partir de seus estudos mais profundos. Os escritos são considerados revelação, pois Jesus anunciou e os seus seguidores o escreveram. Este sentido de revelação é mais imaginativa porque não há uma revelação direta de Deus, mas de seus discípulos.


3.1.3 Islamismo: Alcorão


O Alcorão ou Corão é o livro que os muçulmanos consideram como revelado por Alá (Deus) ao Profeta Maomé. Não que o Islã desconsidere as revelações que judeus e cristãos receberam para elaboração de seus textos sagrados, mas para eles o ponto de chegada, o cume ao qual essa revelação chegou, foi mesmo com Maomé. No Islamismo, verifica‐se uma continuidade em relação aos escritos judaicos e cristãos, mas é o profeta Muhamed ou Maomé quem comunica ao povo, como último dos profetas, as ‘verdades’ reveladas pelo Deus Alá. 9
No Alcorão fica evidente que o profeta Maomé estabelece continuidade e ruptura em relação às outras duas tradições do livro. Os personagens principais dos textos sagrados do Judaísmo e do Cristianismo reaparecem nas Escrituras do Islã. O povo tem sua origem no patriarca Abraão. O Deus Alá é uma divindade acessível por muitos nomes, mas não pode ser reduzida a imagens. A vida do fiel se resume à observância de preceitos fundamentais, como fazer orações, praticar ações de misericórdia. Existe a crença na retribuição no futuro. A leitura do Corão dá ao fiel as diretrizes fundamentais para a vivência da fé. 10
Maomé sentiu o chamado de Deus pela revelação do arcanjo Gabriel. O Alcorão contém as revelações do anjo Gabriel, os preceitos religiosos, os dogmas e a moral. Nele é demonstrado a doutrina do monoteísmo rígido, Deus é único e esse é o Deus de Abraão, é Alá. O anjo pediu a Maomé: “'Recita'. Recitar o que? 'Recita em nome de teu Senhor que criou, criou o homem de uma gota...'”. Essas palavras do Corão, o livro sagrado, são as primeiras reveladas por Deus. 11
O corão é dividido em capítulos ou suras e versos ou ayat, os sinais. É a palavra que sempre esteve com Deus no paraíso e que Ele enviou, através de sucessivos mensageiros, para a humanidade para atender ao seu povo. Ele estabeleceu em definitivo o último mensageiro, “Maomé, o canal humano da vontade divina, que era apensa um homem, por mais exemplar que fosse”. Há uma indicação neste texto sagrado de que Deus é exclusivo: “Não há nenhum Deus senão Deus, e Maomé é o mensageiro de Deus”. Há neste sentido o reconhecimento do poder e majestade e onipotência de Deus. 12


3.3 Hinduísmo: Sacerdotes


A inspiração divina é o que predomina nas religiões da iluminação como o Budismo e o Hinduísmo. O princípio inspirador dos textos sagrados do hinduísmo estão no variado bloco das expressões religiosas hindus, os livros dos Vedas, bem como o Bhagavad Gita e os Upanixades, e considerados orientadores. Não existe a ideia de um Deus que revela mensagens, mas seres humanos dedicados a buscar os valores e os preceitos por meio da meditação. Algumas tradições possuem um deus, mas há outras não.
Da religião Ariana, surge a religião védica, com base no sacrifício e nos textos orais sagrados chamados Vedas. Para os hindus, nos Vedas estão descritas as verdades eternas. “Os vedas, compostos de quatro coletâneas de textos, as quais foram agregados, em épocas mais recentes os escritos Samhitas, Brahmanas, Upanixades e mais algumas sutras, são conhecidos como Shruti, que significa “aquilo que se escuta'”. Os textos eram transmitidos de forma oral, até que os hindus foram escrevendo, ao que eles chamam de degeneração, pois são degradados pela escrita. Outros textos conhecidos são o Shuriti, isto é, aquilo que é lembrado, que junto aos Shruti incluem o Ramayana e o Mahabharata, neste está o venerado poema Bhagavad Gita. 13
A religião védica se caracteriza por um mundo de deuses e deusas, como Rudra e Indra que conduzem à trindade de deuses: Brahma, Vishnu e Shiva. Esses três são considerados um, sendo que são os nomes para criação, preservação e destruição do universo. 14
As escrituras Upanishads são a mais importante do Hinduísmo. Eles são diálogos entre mestre e aluno ou entre sábios, e podem se resumir a “ainda que o poder de maya (a ilusão) faça o mundo parecer real, Brahman é a realidade última e sem forma”. 15
O Hinduísmo dá certa importância ao sistema de castas (vernas) que funcionam como grupos ocupacionais. As vernas são quatro: brahmanes – sacerdotes e profissionais liberais; kshatryas – dirigentes, militares; vaishyas – camponeses, mercadores; shudras – artesãos. 16
Os Upanishads tem por objetivo a compreensão adequada do cosmo e de nós mesmos, não do conhecimento pelo conhecimento, mas esta compreensão depende a salvação. Esta salvação se define a libertação das dificuldades da vida cotidiana. A existência, as atitudes, os atos e as emoções são distorcidas pela má compreensão da qual depende o nosso lugar na organização das coisas. A má compreensão representa a mazela de depender da incapacidade de perceber o cosmo e como nós somos. Somos muito diferentes do que percebemos ser. Há uma identidade fundamental entre nós e o resto da realidade. 17


3.4 Espiritismo: Evangelhos, textos psicografados


Os livros que possuem os princípios do Espiritismo, os quais chamam de o pentateuco kardequiano, foi escrito por Allan Kardec: O livro dos espíritos; O livro dos médiuns; o evangelho segundo o espiritismo; O céu e o inferno ou a justiça divina segundo o espiritismo; A gênese, os milagres e as predições segundo o espiritismo. Todos foram escritos nos períodos entre 1857 e 1868. A doutrina escrita nestes livros foi revelada pelos espíritos superiores através de médiuns e apresentada por Allan Kardec. Todos os fenômenos, nesta visão, são explicados pela ciência e gera uma interpretação para a vida. Os textos ainda pretendem promover a transformação moral a partir dos ensinamentos de Jesus, aplicados à vida diária das pessoas. 18
O livro dos espíritos apresenta o núcleo da doutrina em quatro livros: o primeiro fala de Deus, da criação e dos elementos do universo; o segundo é sobre os espíritos, as reencarnações, as existências, a vida espírita e a libertação da alma; o terceiro fala sobre as leis morais; o quarto trata o tema da esperança e consolações. O livro dos médiuns relata a parte experimental da doutrina, o processo das relações mediúnicas e a leis e as condições para o intercâmbio espiritual. O Evangelho segundo o espiritismo explica a moral evangélica da doutrina espírita, o problema da adoração, a prece e a prática da caridade. O céu e o inferno ou a justiça divina segundo o espiritismo segundo o espiritismo fala sobre as penas e os prazeres terrenos e futuros e sobre o dogma das penas eternas e religiosos como a ressurreição da carne, céu, inferno e purgatório. A Gênese, os milagres e as predições segundo o espiritismo trata dos problemas genésicos, da evolução física da terra, da formação e desenvolvimento do globo terreno e sobre os evangelhos. 19
Com a intenção de conciliar fé e verdade, ciência e religião e sobretudo compreender a moral cristã dos Evangelhos, o espiritismo considera que o seu estudo e a prática da caridade. O espírito fundado no Evangelho proporciona a reforma íntima dos espíritos. Esses progridem passando de um estado de sofrimento quando desencarnados e ao se encarnarem passam a ser necessitados. O espiritismo no Brasil se considera cristão, no sentido de se apoiar no Evangelho e na moral da caridade e no fato de considerar Jesus como o modelo.
A Bíblia é o livro dos livros, “o livro sagrado que mais contém emulamentos doutrinários e histórico-proféticos”. Os Evangelhos, considerados conduta pessoal e coletiva, representam a libertação quando postos em prática. 20
As lideranças do espiritismo conservaram a tradição e os saberes acumulados através “de peritos suficientemente preparados para comunicar e disponibilizar, para o conjunto de adeptos e para a sociedade em geral, um quadro de referências básicas, ordenadas, dotadas de sentido e inteligibilidade”. 21 Pode haver também um grupo de consultores e assessores que se reúnem para retirar dúvidas em relação ao entendimento. Estes peritos gozam de confiança, representatividade e possuem autoridade para palestrar em congressos e simpósios realizados pela Federação Espírita do Brasil. Vê-se nesse sentido uma espécie de institucionalização, com autoridades doutrinárias para a conservação da tradição. Desta forma eles procuram separar o que há do que consideram exageros em relação a algumas práticas mediúnicas e alertam quanto às histórias contadas de livros psicografados com espíritos pouco adiantados.
O texto de Osvaldo Polidoro, a Bíblia dos espíritas, é considerada uma obra psicografada pelo autor, mas “ditada” por Allan Kardec. Neste texto há o reconhecimento da existência da necessidade de interpretação bíblica com crítica. O texto faz referências à autoridade de Deus, informa sobre a Bíblia tem como fonte Deus e Jesus Cristo, destaca que profetas ou médiuns possuem longa história e que a Bíblia dos espíritas representa o saber da evolução da humanidade, e ainda “este livro contém a alma de todos os ensinos que as Bíblias da Humanidade encerram, além de lembrar eternamente as Chaves da Verdade que livra”. 22


4 História das narrativas sagradas: A origem dos acontecimentos religiosos dos textos revelados:



4.1 Mitos


O mito é a primeira formulação explicativa da realidade do mundo e de possíveis transcendentes. As explicações mitológicas são frequentemente incorporadas às descrições da origem de uma fé, visto que elas podem datar de um período muito posterior. 23 Nas sociedades tribais e civilizações da Antiguidade o mito exercia muita influência. Os mitos não desapareceram com o tempo, eles permanecem em nossas esperanças e temores. 24
Na realidade brasileira a rica elaboração dos mitos indígenas servem para dar respostas à vida social, às construções de suas realidades vividas, ao conjunto de perguntas não respondidas pela existência. São demonstradas nos mitos a origem de algo. Diferente do que normalmente se pensa o mito não é fábula, crendice, elaboração fantasiosa ou mentira, mas uma verdade. Não é a verdade da coerência lógica e rigor de argumentação que exige provas, mas o resultado da intuição da realidade, fundadas na emoção e na afetividade. O mito expressa os desejos e temores, a atração ou o afastamento pelas coisas. Ele é a intuição envolvida pelo mistério, um enigma a ser descoberto e o espanto diante do mundo. O mistério é inacessível à razão e depende da fé. O mundo simbolizado pelo mito possui o desejo humano e serve para afugentar a insegurança, o desconhecido o perigo e a morte. Os relatos míticos são amparados pela crença e pela fé em forças superiores que ora ameaçam, recompensam ou castigam. 25
Nas tribos, os mitos são discursos com força que permeiam toda a realidade vivida. Deste modo, o sagrado passa por toda atividade humana. A construção mítica é orientada pela natureza sobrenatural e recorre-se aos deuses para compreender o real. 26
No caso dos mitos gregos o foco que muitos estudiosos do século XX apresentam são separados das manifestações religiosas. É importante perceber que esses literatos são cristãos e possuem interpretações com sua visão voltada a esse modelo de religião. Alguns excluindo os mitos da religião helênica, o que aparenta ser quase impossível, outros afirmam que a religiosidade dos gregos eram apenas mitos, fabulações poéticas e culto e ainda um conjunto de rituais com práticas mágicas. 27
Na atualidade o mito ainda permanece, seja na forma de explicar através da razão que procura excluir os mitos, seja nos modelos universais que permanecem no inconsciente de todos os humanos. No caso do mito do cientificismo, iniciado pelo positivismo de Augusto Comte, ao explicar a evolução da humanidade, “define a maturidade do espírito humano pela superação de todas as formas míticas e religiosas,” e inferioriza o mito em relação à razão afirmando ser ele uma tentativa falha de explicação da realidade. Esta crença cega na ciência se constitui de um mito, pois a ciência não é a única forma possível de conhecimento. Esta visão se tornou reducionista. 28 Vale destacar que o mito do cientificismo em parte é verdadeiro, quanto afirma que a ciência consegue alcançar a verdade. No entanto, falha quando procura afirmar que as outras formas de conhecimento, como a arte, o senso comum, a filosofia e a religião, são alcançam a verdade.



4.2 Formação dos textos sagrados


A principal fonte histórica da ideia de texto sagrado revelados surgem a partir da primeira destruição do primeiro templo de Jerusalém, com o povo hebreu, em 586 a.C. O templo era considerado a única forma de realizar os sacrifícios a Jeová. Com essa destruição a adoração ao seu Deus ficou prejudicada. Era necessário então os “ensinamentos escritos de origem celestial: a Torá, na Bíblia grega chamada Lei (nomos)”, para dar sentido à oração a seu Deus. São os hebreus que inovam, fazendo da escrita um complemento da tradição oral, e substituindo o direito escrito ao direito baseado nos costumes. Com a economia urbana e uma agricultura intensiva surgem as exigências de novas formas para “preservar a memória e formular regras”. As nomas da Mesopotâmia e do Egito foram registradas em códigos de leis bem diversificadas. A tradição do direito foi transmitida ao povo de Israel por meio dos Juízes de da Lei. Os Juízes presavam pela observância da Lei de Deus. Era natural, para os hebreus, que houvesse privilégio do direito em relação à força, pois tratava-se de uma Lei revelada, e não um texto adotado” 29
Direito e religião no Oriente Médio estavam relacionados. O código de Hamurábi foi criado pelo rei chamado Shamas, isto é, o grande juiz do céu e da terra. A Bíblia afirma que os 10 mandamentos foram entregues diretos do céu a Moisés no Monte Sinai para registrar na pedra e no coração. 30


4.3 Cristianismo e Judaísmo: Abraão e a fé.


Abraão representa tanto para os cristãos quanto judeus o iniciador do processo que se desenvolveu a maturação suas fés. Ele é o protagonizador da primeira relação pessoal com Deus, o primeiro contato com a aliança que Deus guardara para o seu povo.
Abraão, no livro do Gênesis, era o chefe social e religioso responsável pela celebração dos sacrifícios. O lugar da celebração era a grande árvore, símbolo da presença da água, sinal de vida. O nome de Deus é constituído por “El” - Deus. O Deus de Abraão é El Xadai, o Deus dos Altos. Há o El Roi, o Deus da visão, El' Olam, o Deus para Sempre e El elion, o Deus altíssimo e El Betel, o Deus de Betel. O termo Elohim dá a ideia de diversas experiências de El (Deus), é o “Deus de teus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó” (Ex 3,6). Iahweh com o tempo torna-se um Deus excludente, o Deus dos hebreus, que não aceita o diálogo, mas o Deus de Farã, de Seir, de Madiã, de Temã é o Deus de todos, dos pobres e oprimidos. Com Isaac, que era agricultor, o cereal passa a ter um status de mercadoria, moeda de troca. O simbolismo aí está no conflito de posse da terra, até que se consegue prosperar na terra (Gn 26,6-32). O poço torna-se o lugar da celebração do culto a Deus: “A água é nossa!” (Gn 26,20). Ela garante a vida. O lugar da vida social modifica-se, como Rebeca, Raquel, Séfora, que estão à beira dos poços. 31




5 Cultura textual: A influência do contexto social, político e religioso determinante para a redação final dos textos sagrados.


Existem características comuns nos textos sagrados das religiões. Todos possuem um contexto social, político e religioso que proporcionaram a sua escrita. Todos os textos também possuem íntima vínculo com o contexto cultural ao qual foi escrito, com a relação dos humanos com o sagrado. Os eventos religiosos ocorridos em certo sentido determinam os textos produzidos e esses são elaborados tomando como base o ocorrido. No caso do judaísmo, os eventos foram as lutas e disputas do povo para a conquista da terra, com o cristianismo temos a morte de Jesus Cristo, que era considerado Deus e no islamismo teve como evento principal a recepção das mensagens de Deus por Maomé. Mesmo não apresentado algo revelado como nas tradições religiosas proféticas o no Budismo há o reconhecimento do sofrimento dos humanos por Sidarta e sua iluminação através da concentração como eventos catalizadores e formadores de textos considerados sagrados. As religiões afro-brasileiras e indígenas não possuem textos escritos, mas os mitos e partes de elementos culturais constituem o sagrado destas tradições. Já no hiduísmo os vedas e os upanishades foram produzidos pela tradição cultural dos hindus, tendo como intenção a descrição das normas vividas do povo.


5.1 Contexto social, político e religioso


Nas religiões proféticas – judaísmo, cristianismo e islamismo – há um contexto primordial considerado comum, iniciando com Abraão e passa por diversas lideranças religiosas, considerados profetas, reis, sacerdotes etc. Esse contexto inicia com os hebreus nos seus diversos eventos em que se destacam a aliança com o seu Deus.
Considerado o lugar da vida social o poço e o cereal permitem a produção de excedente para armazenamento e ao mesmo tempo favorecem mudanças sociais importantes: Unificação de diversos clãs para se tornar a tribo; a criação do serviço de defesa do poço e do armazém; um administrador do armazém para manter a relação em diversos clãs. Os administradores dos armazéns tornam-se poderosos e depois reis e os vigilantes soldados e após exército para defender, não mais o armazém, mas a cidade. Isto gera opressão sobre os agricultores, produtores dos cereais. A origem dos hebreus pode estar na insatisfação camponesa diante da opressão da cidade. O templo surge ao lado do armazém, controlados pelos poderosos das cidades, “como o lugar santo das celebrações coletivas”. O armazém então toma o lugar da árvore dos grandes clãs nômades e o poço dos clãs agricultores. “O santuário surge para celebrar o Deus que garante a vida da tribo”. Neste momento o lugar de Elohim se torna o santuário, que é também o lugar do celebrante. Surge então o Sacerdote, que é preparado para o “homem do culto do templo”, que não poderia ser nenhum chefe de clã. O culto central do santuário e as festas da tribo são conduzidas pelo sacerdote. O sacerdote, sustentado pelo armazém, passa a legitimar a dominação do campo sobre a cidade. Deus será usado como justificação da concentração da produção e a cobrança do tributo obrigatório para o Templo. É a concentração da riqueza, na cidade, produzida pelo campo. “Quase todas as páginas bíblicas têm origem neste contexto e serão marcadas pela presença do conflito que se criou entre o campo produtor e a cidade concentradora da riqueza”. 32
Aspecto semelhante ocorre na passagem da cidade para o estado. As histórias de Jacó, filho de Isaac, constitui exemplo da passagem clã/tribo/cidade/estado. Jacó disputa no seu clã a progenitura com o irmão Esaú. O mesmo ocorre com José e seus irmãos e sua relação com o estado do Egito, que passa a ser o encarregado dos armazéns do faraó. Os costumes clânicos estão presentes em diversas passagens bíblicas: Casamento poligâmico (Raquel e Lia), os filhos gerados pelas servas de mulheres (Bala e Zelfa, Gn 30,1-24), lei do levirato (Gn 38), mulher no espaço religioso (gn 31,19), Labão e Jacó (Gn 30, 25-31,54). A religião serve como justificativa da opressão e repressão do povo do faraó Egípcio, sendo que Baal era o Deus dos templos a serviço dos reis na exploração dos camponeses. 33
A terra de Israel é uma constante nos textos bíblicos, pois sempre houve entre os hebreus o sonho de encontrar a terra boa, onde emana leite e mel e da qual surge o desejo de morar nos locais de concentração de água e com terra fértil para a agricultura. Essa terra concentra-se em local estratégico, tanto para os impérios que disputavam locais próximos aos rios quanto pelo controle de terras que disputavam. É também a terra de Canaã, que significa terra de comércio, na qual se criaram rotas conforme o tipo de transporte disponível – Navegação, camelo ou escalada em serras. Considerada terra de amortecimento dos impérios nas constantes disputas ocorridas entre o Egito e os impérios hititas, assírios, babilônios e persas, e depois pelo controle do Mediterrâneo pelos gregos e romanos, nunca houve sossego para uma vida em paz. Daí as preocupações dos profetas com órfãos, viúvas consideradas maiores vítimas de tantas guerras e violências. 34 (ver nas escrituras do 1º testamento: Os 2,18; Is 8, 23-9,1; Ex 22,22-24).
As hipóteses da formação do povo de Israel envolvem: Uma conquista que o clã de Jacó, a figura de Abraão e de Moisés ocuparam terras determinadas pela aliança de Siquém; uma imigração proporcionada pela invasão de populações seminômades à terra de Canaã e; uma revolta ocasionada pelos opositores da terra de Canaã e luta dos hebreus contra as cidades-estados da região; processo de hegemonia entre as tribos na qual houve longo conflito entre as tribos e dominação de uma delas, como o escrito dos Juízes. Israel é o resultado dessas histórias, envolvendo vários grupos que lutavam, à sua maneira, pela liberdade e por causa disso e da mediação dos santuários e da monarquia se tornaram um povo. 35 Todas essas ideias devem ser consideradas. Acredita-se que estas hipóteses são verdadeiras e que cada acontecimento pode ter ocorrido em épocas diferentes.
A realidade de Canaã depende dos conflitos entre as potências gerados na região. O Egito forma um grande império envolvendo Canaã, Síria, Meguido, Betrã e Gaza. Desta forma os camponeses eram obrigados a pagar dois tributos, um para a cidade de Canaã e outro para o faraó do Egito. 36 Outra questão também faz com que Israel surja como povo: “As cidades não controlavam com eficiência a religião das montanhas. É justamente nessas montanhas que surgirá Israel: no seu início, Israel é o povo das montanhas. Israel nasce como fruto de resistência à dominação das cidades do Egito”. 37
Hebreus e israelitas aparecem em dois grupos diferentes nos textos mais antigos, assim como em 1Sm 14, 21: “Também como os filisteus havia 'hebreus', como antes, que subiram com eles ao arraial em redor; e também estes se ajuntaram com os 'israelitas' que estavam com Saul e Jônatas.” Em comum havia uma experiência de opressão e marginalização. Na história de Canaã, contada pelo faraó Mernepta, Israel tinha sido devastada e ficou sem descendência no ano de 1219 a.C. A palavra israel é composta pelo verbo xarah (lutar) e pela palavra el (Deus), significando, portanto, “Deus lutou” ou “aquele que lutou com Deus”.38


5.2 Cristianismo e Judaísmo: Moisés e as leis;


O Êxodo é o que apresenta a mais intrigante história da liberdade e da salvação do povo de Israel. Ele apresenta a memória de uma luta pela liberdade. Houve aumento da opressão pelo trabalho forçado (Ex, 1,11), pela violência (Ex 1,13) e pelos trabalhos cruéis (Ex 1,14). As decisões do faraó em matar os meninos dos hebreus (Ex 1, 15.22), a resistência das mulheres parteiras (Ex 1,17-21), e a história de Moisés (Ex 2,1-4). Moisés promove solidariedade aos seus irmãos hebreus (Ex 2,12), e faz um retorno às suas origens, voltando a ser pastor, como nos clãs e vai em busca da grande árvore (Ex 3,1). Ele não encontra mais a grande árvore da religião de seus pais, mas a sarça ardente, no lugar onde a terra é santa. Então Elohim (Deus), que ouve o clamor e as angústias do seu povo, lembra da aliança de usa responsabilidade. (Ex 3,7; 2,23b-25). 39
O Deus dos hebreus é o Deus dos oprimidos. Os profetas consideram idolatria dizer que Deus está do lado dos poderosos. Sua missão é libertar o povo e levá-lo à terra de fartura. O Deus que desce é o mesmo da missão de Moisés. A liberdade deve ser conquistada e não simplesmente esperada. Moisés teve que renascer, no início se recusou, desconversa inventando desculpas, mas ao renascer, torna-se uma pessoa cheia de Deus. Assim como Séfora o salvou, dando-lhe uma nova vida, Moisés se dirige ao Egito sem medo de vacilar. Foi “pela mão de uma mulher, Deus o fez seu para sempre” 40


5.3 Indígenas: sem regras aparentes.


Os mitos indígenas formulam a justificação da existência da aldeia e podem indicar comportamentos, costumes e ritos.
Na mitologia dos Tukano Orientais, indígenas do Rio Negro, há a ideia de um nada antes do processo de criação do universo. Em oposição ao nada há o tudo o qual os Tukano chamam de Osso-ser. Ele sustenta a constituição do universo, de onde vem o sangue que gera a vida. Atualmente esse todo-poderoso é associado a Deus, mas em seu idioma o nome dado é Trovão. Esse é o símbolo da presença de um ser transcendente. Ele também é chamado avô do universo, o princípio da luz do dia, simbolizado pelo sol, mas que significa algo além dele, mais iluminado. Esse avô ou avó do universo é um ente divino que ao fumar, sentado no banco de pedra de quartzo, faz as coisas surgirem do nada. Assim que é a criação do mundo, advindas da força produtiva do homem e da força reprodutiva da mulher. Dentro de si havia as riquezas ou coisas da festa tais como: ornamentos, os tipos de alimentos, os tipos de sementes, o poder de destruir, proteger e criar.41 Esta figuração mitológica dos Tukano demonstra o processo de criação e ao mesmo tempo elementos míticos que justificariam a realização das festas e dos ritos daí surgidos.
Para os Macuxi de Roraima o grande herói mitológico, Macunaima, realizou o processo de formação do universo. Entre eles, a realização da diversidade de frutas existentes na região das terras ao norte de Roraima, através do corte da grande árvore que possuía muito frutos. As frutas se espalharam e deu origem a grande diversidade de frutas existentes na região, sendo na Guiana maior essa diversidade. O que explicaria que, naquela região, as terras são mais férteis, os pajés mais poderosos e os kanaimés mais astutos e perigosos. Nos mitos contados há uma variação entre Macunaima ser um pajé que realizou muitas coisas boas, e o pajé com poder de matar, curar e encantar. Segundo essas explicações os pajés, os rezadores e os kanaimés são descendentes de Macunaima e por isso podem realizar as rezas para a cura ou a morte. Daí segue-se que todos os costumes, herdados pelo povo Macuxi, surgem das realizações que Macunaima já havia realizado no passado e que os seus descendentes continuam realizando. 42
Os Wapichanas entendem que Tominikaré é o criador do mundo. Esse deixou seus dois irmãos governarem o mundo, mas não deram conta. Ao tentar destruí-los eles sobreviveram. Tominikaré passou a ensinar o seu povo evitar os perigos das doenças e dos maus espíritos. Aos poucos o povo foi se esquecendo desses ensinamentos e pouco a pouco foram deixando de se defender dos males. Então houve o domínio da morte, que é consequência da ação de entidades malignas através do feiticeiro por causa do esquecimento desses ensinamentos das defesas ensinadas por Tominikaré. 43
Onde estão as regras para a convivência, já que não há nada escrito de mitos para poder fornecer à tradição as informações acerca de sua religião e cultura em geral? Elas estão nas próprias histórias contadas, nos mitos que perduram, sendo passado de pai para filho. A tradição fornece os dados e as histórias míticas que são constantemente reinterpretadas, reinventadas e reelaboradas. Uma ou outra informação se perde por passar por esse processo de reinterpretação, mas o essencial, em geral, continua e são fonte da construção da identidade desses povos. Ainda que suas regras não sejam aparentes, mas existem e são bastante complexas porque todas as ações costumeiras, os ritos, e as pajelanças são a constante realização do que é compreendido a partir de sua cultura. As convivências e os impedimentos partem do que é contado, ritualizado e vivido. O sagrado passa a ser o que existe na própria tradição: os ditos, os contos, os mitos e os costumes.


6 Exegese: explicação dos textos sagrados revelados e a percepção humana sobre Deus através da observação dos sinais pelo qual a divindade se manifesta.


As interpretações bíblicas recentes têm como base o pensamento de Friedrich Scheleiermacher (sec. XVIII). 44 Elas possuem uma forma crítica, na qual são realizados estudos para descobrir o que está por traz das afirmações bíblicas. Os acontecimentos históricos podem dar luz e maior compreensão do verdadeiro sentido dos textos sagrados.


6.1 Análise


As condições para realizar análise de um texto requer o indicador investigativo. Ela se constitui da investigação das partes do todo e suas relações com este todo. Pode-se separar o todo de forma abstrata em suas partes constituintes, afim de estudar estas partes relacionadas ao todo. Na forma analítica da crítica literária toma-se parte de um texto para que seja analisado. Na forma psicológica Sigmund Freud explora o não aparente, através de um conjunto de técnicas e métodos para entender o significado dos problemas mentais. Este tipo de análise pretende revelar o que há de mais profundo no inconsciente. 45
A análise depende de dois fatores fundamentais: a explicação que é a indicação da causa e indica a lei ou a lei causal. Por exemplo: Galileu chegou à lei da queda dos corpos e Newton à teoria da gravitação – eles chegaram a essas leis e conseguiram explicar essas realidades; e a compreensão que está vinculada à intencionalidade dos atos humanos voltados para as motivações e os valores e depende da interpretação. 46 O ato de compreender tem como sua principal aliada a subjetividade, isto é, depende das emoções daquele que analisa: “Imagine como interpretar fatos históricos enquanto estão sendo vivenciados ou analisar uma família quando se faz parte dela”. 47
Quanto à análise dos textos sagrados, há os que a consideram pura elaboração humana, mas há os que identificam esses textos como o conjunto de fatores: uma elaboração humana que tem como fonte a inspiração da divindade, uma elaboração ditada pela divindade em que profetas estão incumbidos de transmitir a mensagem e escrito diretamente pela divindade. Estas considerações, pautadas na fé, criam as teologias, desenvolvem as crenças e estabelecem regras normativas para a convivência comunitária.
Em relação à especificidade da análise propriamente científica constrói um caminho diferente. O texto sagrado passa a ser considerado humano, mas que possuem características indicadora da influência das tradições culturais e da relação humana com o sagrado. Podemos citar diversos exemplos desta relação: Os hebreus têm uma relação próxima com seu Deus e fazem pedidos de libertação do povo e terra para a sobrevivência do povo, nesse caso a divindade é o sagrado; os budistas esperam alcançar a iluminação completa através do nirvana, este alcance do nirvana é para eles o sagrado; Os hindus cultivam um profundo respeito às almas dos animais, pois eles acreditam serem agraciados pelos deuses por causa disto, neste caso o sagrado é o respeito aos animais; os cristãos esperam alcançar o céu, o paraíso, através de suas ações e da sua fé que possuem em Deus, através da pessoa de Jesus Cristo, neste caso o sagrado é representado pela sua fé; os muçulmanos realizam vários rituais, incluindo orações diárias entre outras formas de indicações de sua fé para fazer reverência a Alá, indicando ser o único Deus. Observamos que esta relação dos humanos com o sagrado é como se fosse uma chave para a compreensão e análise dos textos das diversas tradições religiosas.

6.2 Interpretação.

A correta interpretação dos textos sagrados só é possível através do conhecimento da situação histórica. Esta realidade envolve as características sociais do povo que o desenvolveu, os elementos culturais, as condições econômicas e a situação política por eles vividos.
Os textos bíblicos do primeiro testamento podem ser entendidos como uma resposta a uma situação concreta vivida pelo povo de israel. Para uma melhor compreensão seria preciso descobrir onde está a pergunta que se faz no processo de interpretação. A história faz essa aproximação à pergunta sobre os significados dos textos.
Os textos hindus, elaborados entre 1500 e 300 a.C., é na verdade um conjunto de normas muito diversas repassadas pela tradição oral, tendo como fonte as manifestações culturais e religiosas, não se constituindo, portanto, numa única teologia sistematizada. Os primeiros escritos foram os Vedas e depois os Upanishades. Em uma das tradições existe uma concepção de que o deus Vishnu veio à terra em forma de heróis, como Rama e Krshina e assim revelou a doutrina. 48
O Corão ou Alcorão, elaborado pelo profeta Maomé a partir das revelações do arcanjo Gabriel. Os muçulmanos consideram essa a última e definitiva revelação. O texto sagrado do islamismo contém os preceitos religiosos, os dogmas e a moral, os quais estão fundamentados no monoteísmo que é transmitido pela mensagem divina. Este tipo de interpretação leva os muçulmanos a crença no único Deus (Alá) e nos seus ensinamentos ditados ao profeta Maomé.
As fontes para a interpretação dos textos são o pré-texto, isto é, o que fez com que o texto fosse produzido. Para descobrir isto pode-se buscar nas entrelinhas do próprio texto o acontecimento iniciador de todo o processo. Esses acontecimentos são os conflitos, os fatos importantes, uma viagem ou a morte de alguém. O elemento gerador e os fatos ocorridos durante a elaboração do texto escrito iluminam e respondem as dificuldades de interpretação e mostram o que há de concreto. Eles surgem de uma crise, uma dificuldade ou uma dúvida. Uma falha pode indicar os caminhos da interpretação do texto. A interpretação faz um aprofundamento na busca de significados procurando saber por que o texto foi escrito e que sentido foi dado a ele.
A informação sobre quem produziu o texto, que conflitos e quais os grupos estavam em confronto, a realidade sociopolítica, as ideias defendidas pelo texto e o tipo de vida no qual a sociedade tinha como projeto clareiam as interpretações, dando-nos meios de entender o contexto da produção textual. O estudo aprofundado do texto e sua releitura desenvolvem uma interpretação mais fiel à tradição religiosa a qual o texto sagrado pertence.
A linguagem textual é um instrumento de comunicação que faz refletir, dialogar, enfim dá sentido às coisas de diversas realidades. Quanto aos textos sagrados podemos definir como um conjunto complexo de mensagens escritas que usam uma linguagem a partir de um contexto específico que necessitam da interpretação para seu melhor entendimento. Então, interpretar um texto é desvendar suas mensagens escondidas e muitas vezes o que está escrito pode não corresponder a um sentido dado. Para tanto é necessário a observação de seu contexto, saber quem o escreveu e porque foi dito isto.
1ARMSTRONG, Karen. A Bíblia, [Uma biografia], 2007, p. 7-8.
2ARMSTRONG, op. cit., p. 15.
3Ezequiel 3: 1-3
4ARMSTRONG, op. cit., 2007, p. 16-17.
5OROFINO, As releituras do Êxodo dentro da Bíblia. In: OROFINO, Francisco. Êxodo: um caminho em busca da liberdade, 2012, p. 8.
6OROFINO, op. cit., p. 16.
7WEILER, Lucia. Êxodo de Jesus: releitura cristã do Êxodo. In: OROFINO, Francisco. OROFINO, Francisco. Êxodo: um caminho em busca da liberdade, 2012, p. 38.
8DURAND, A imaginação simbólica, 1993, p. 10.
9RAIMER, Haroldo. Textos Sagrados e seus ensinamentos, Disponível em: <haroldoreimer.pro.br >, Acesso em: 22 ago 2012.
10Ibid.
11BOHNE, Vicente V. E. Ensino Religioso, Capacitação para um novo milênio: O Fenômeno religioso nas tradições religiosas de matriz oriental. Caderno 8, FONAPER, 2000, p. 35-36.
12BOHNE, Vicente V. E. Ensino Religioso, Capacitação para um novo milênio: O Fenômeno religioso nas tradições religiosas de matriz oriental. Caderno 8, FONAPER, 2000, p. 36-37.
13BOHNE, Vicente V. E. Ensino Religioso, Capacitação para um novo milênio: O Fenômeno religioso nas tradições religiosas de matriz oriental. Caderno 8, FONAPER, 2000, p. 7.
14Ibid., p. 8.
15Ibid.
16Ibid.
17COOPER, David. As filosofias do mundo: uma introdução histórica. São Paulo: Loyola, 2002, p. 25-26.
18BOHNE, Vicente V. E. (Coord.). Ensino Religioso – Capacitação para um novo milênio: O fenômeno religioso nas tradições religiosas de matriz ocidental, Caderno 6, FONAPER, 2000, p. 32-33.
19Ibid., 2000, p. 33.
20POLIDORO, Osvaldo (Reencarnação de Alan Kardec). A Bíblia dos espíritas. Disponível em: < >, Acesso em:
21VILHENA, Maria Angela. Espiritismos: limiares entre a vida e a morte. São Paulo: Paulinas, 2008, p. 122.
22POLIDORO, Osvaldo (Reencarnação de Alan Kardec). A Bíblia dos espíritas, p. 4.
23COOGAN, Michael D. Religiões, 2007.
24ARANHA, M. L. de Arruda. MARTINS, M. H. Pires. Filosofando: introdução à filosofia. 4ª ed., São Paulo: Moderna, 2009, p. 26.
25ARANHA; MARTINS, op. cit., 2009, p. 26-27.
26Idem, 2009, p. 27.
27VERNANT, Jean-Pierre. Mito e religião na Grécia Antiga, 2006.
28ARANHA; MARTINS, op. cit., 2009, p. 32.
29VALLET, O. Uma outra história das religiões, 2002, p. 26-28.
30Ibid., 2002, p. 28.
31GALLAZZI, Sandro. Israel na história: seu povo, sua fé, seu livro. São Leopoldo: CEBI, 2011, p. 13-17.
32GALLAZI, op. cit., 2011, p. 18-21.
33GALLAZI, op. cit., 2011, p. 22-26.
34GALLAZI, op. cit., 2011, p. 38-39.
35GALLAZZI, 2011, p. 41.
36GALLAZZI, 2011, p. 42.
37GALLAZZI, 2011, p. 45.
38GALLAZZI, 2011, p. 46.
39GALLAZI, op. cit., 2011, p. 27-30.
40GALLAZI, op. cit., 2011, p. 31-33.
41ATHIAS, Renato. CHAGAS, Durvalino. O universo é uma grande maloca para dançar: mitologia dos povos indígenas do Rio Negro. 1ª parte. Disponível em Google Docs, Acesso em: 25 mar. 2012.
42RABELO FILHO, Manoel Gomes. A representação social do Kanaimî, do Piya'san e do Tarenpokon nas Malocas Canta Galo e Maturuca, Recife: PE, 2012. Dissertação (Mestrado), Curso de Mestrado em Ciências da Religião, Coordenação de Pesquisa da Universidade Católica de Pernambuco, Recife, 2012.
43RABELO FILHO, op. cit. 2012, p. 83.
44DELACAMPAGNE, Christian. História da filosofia no século XX. tradução Lucy Magalhães. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997, p. 234.
45ANALISYS. WordNet 3.0 (En-En), disponível em < >, acesso em: 9 ago 2013.
46Cf. ARANHA; MARTINS, op. cit., 2009, p. 387.
47ARANHA; MARTINS, op. cit., 2009, p. 388.
48GLAAB, Bruno. Hinduísmo,