tag:blogger.com,1999:blog-48949910733877827522024-03-14T05:30:21.700-04:00Ensino Religioso de RoraimaEste Blog proporciona subsídios para os professores do Ensino Religioso de RoraimaUnknownnoreply@blogger.comBlogger126125tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-17576224272995672572015-01-29T12:04:00.004-04:002015-01-29T12:18:00.942-04:00Programação de fevereiro cancelada<style type="text/css">p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120%; }</style>
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Devido à mudança do calendário da Secretaria de Educação, informamos que o
encontro do dia 5 de fevereiro e o Fórum interreligioso foram
cancelados. O tema será redistribuído para os encontros
posteriores.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-34631475743440185412014-12-20T14:46:00.002-04:002014-12-20T14:54:23.676-04:00Livro de ciências da religiãoA obra <i>Compêndio de ciência da religião</i> ganha em 3º lugar o <a href="http://premiojabuti.com.br/vencedores/v-ciencias-humanas/" target="_blank">prêmio Jabuti da área de ciências humanas</a>. Ela contém uma série de textos, muito bem organizados pelos Doutores Frank Usarski e João Décio Passos, que contemplam diversas temáticas inclusive sobre o ensino religioso. Esse livro apresenta uma reflexão ampla e profunda sobre os assuntos abordados.<br />
Para ver mais detalhes da obra:<br />
<a href="http://www.paulinas.org.br/loja/?system=produtos&action=detalhes&produto=524131">http://www.paulinas.org.br/loja/?system=produtos&action=detalhes&produto=524131</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-35640699694011178862014-12-20T14:16:00.001-04:002014-12-20T14:16:08.956-04:00O ensino religioso: desafios e perspectivasA revista de Teologia e Ciências da Religião apresenta uma edição sobre o Ensino Religioso. Você pode ler no Editorial:<br />
Este número da Revista de Teologia e Ciências da Religião da UNICAP tem como tema “Ensino Religioso: desafios e perspectivas”. É importante lembrar que o Ensino Religioso tem como objetivo desenvolver a dimensão religiosa do ser humano, no conjunto de sua formação integral...<br />
Continuar lendo ....<br />
<a href="http://www.unicap.br/ojs-2.3.4/index.php/theo">http://www.unicap.br/ojs-2.3.4/index.php/theo</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-453776020528375872014-12-20T14:07:00.002-04:002014-12-20T14:11:57.244-04:00Como surgiu o calendário<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Um jeito divertido de saber como surgiram os diversos tipos de calendários é esta apresentação de uma rádio que explica o jeito caipira de como eles surgiram.<br />
Como é bom a gente aprender rindo ...<br />
A gravação é de 2007, mas como serve para nós ainda hoje.<br />
Você vai ter que baixar para ouvir. <br />
<a href="http://www.4shared.com/mp3/WG8maYVrba/8tempo-calendarios-o-caipira.html" target="_blank">Calendario do caipira</a> <br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-22439108339912429492014-12-20T13:47:00.001-04:002014-12-20T13:47:51.094-04:00Confirmação da teoria do big bangComo pode um ponto inimaginavelmente pequeno transformar-se num
volume dum berlinde de brincar, num tempo tão curto que mal o podemos
medir?<br />
Resposta: <strong>deixando uma marca indelével de ondas gravitacionais</strong>.<br />
Continuar lendo:<br />
<a href="http://www.astropt.org/2014/03/17/inflacao-cosmica-descoberta-espetacular-confirma-teoria-do-big-bang/" target="_blank">http://www.astropt.org/2014/03/17/inflacao-cosmica-descoberta-espetacular-confirma-teoria-do-big-bang/ </a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-192467345547456432014-12-20T13:42:00.003-04:002014-12-20T13:42:56.612-04:00Entender como a ciência vê o universoUma sequência de programas apresentados pelo Fantástico da Rede Globo, o Poeira das estrelas, dá uma visão da ciência sobre o universo. É interessante a gente observar esses vídeos, pois é dessa forma a compreensão dos cientistas, mas não de todos. É uma visão interessante de como é visto o universo a partir da ciência, de suas principais teorias, como a do big bang, por exemplo.<br />
Acesse o link que lá você observa a sequência do programa Poeira das estrelas:<br />
<a href="https://www.youtube.com/results?search_query=Poeira+das+estrelas">https://www.youtube.com/results?search_query=Poeira+das+estrelas</a><br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-78998853746704885422014-12-17T11:05:00.000-04:002014-12-17T11:05:39.727-04:00RELAÇÃO DE CONTEÚDOS: 6º AO 9º ANO
<style type="text/css">td p { margin-bottom: 0cm; }p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120%; }</style>
<br />
<table cellpadding="4" cellspacing="0" style="width: 100%px;">
<colgroup><col width="64*"></col>
<col width="64*"></col>
<col width="64*"></col>
<col width="64*"></col>
</colgroup><tbody>
<tr valign="top">
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: 1px solid #000000; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0.1cm;" width="25%">
<b>6º ANO</b><br />
</td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: 1px solid #000000; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0.1cm;" width="25%">
<b>7º ANO</b><br />
</td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: 1px solid #000000; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0.1cm;" width="25%">
<b>8º ANO</b><br />
</td>
<td style="border: 1px solid #000000; padding: 0.1cm;" width="25%">
<b>9º ANO</b><br />
</td>
</tr>
<tr valign="top">
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="25%">
1. Cultura de tradição oral nas religiões:<br />
1.1. Oralidade e religiões antigas<br />
1.2. Os mitos e a identidade religiosa<br />
2. Textos das tradições religiosas:<br />
2.1. Textos Sagrados<br />
2.2. Textos das religiões Orientais<br />
3. As Lideranças religiosas<br />
3.1. O iniciadores das religiões<br />
3.2. Projetos missionários e proféticos<br />
4. Revelações nas religiões:<br />
4.1. As revelações nas religiões Orientais<br />
4.2. As revelações nas religiões Ocidentais<br />
</td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="25%">
1. As origens das tradições religiosas:<br />
1.1. As religiões mundiais<br />
1.2. Religiões afro-brasileiras e indígenas<br />
2. A ética nas religiões:<br />
2.1. O bem e o mal<br />
2.2. Valores religiosos<br />
3. Costumes religiosos na família e na sociedade<br />
3.1. Critérios de costumes familiares<br />
3.2. Os costumes religiosos na sociedade<br />
4. As denominações religiosas no Brasil:<br />
4.1. História das religiões<br />
4.2. Novos movimentos religioso<br />
</td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="25%">
1. Os ritos e os símbolos religiosos:<br />
1.1. Diversidade religiosa<br />
1.2. Divindades e fé<br />
2. Morte ressurreição e reincarnação:<br />
2.1. Vida além-morte<br />
2.2. Ideias de retorno e morte<br />
3. A violência no contexto religioso:<br />
3.1 O fundamentalismo das religiões<br />
3.2 O diálogo como superação da violência<br />
4. Celebrações do Judaísmo<br />
4.1. O ano novo judaico: o dia do julgamento<br />
4.2. O contexto da páscoa<br />
</td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: 1px solid #000000; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0.1cm; padding-top: 0cm;" width="25%">
1. A vida comunitária nas tradições religiosas:<br />
1.1. Problemas sociais e religião<br />
1.2. Leis, normas e comportamento<br />
2. Espiritualidades:<br />
2.1 Vida espiritual religiosa<br />
2.2. Vida espiritual dos sem-religião<br />
3. Transcendente nas religiões<br />
3.1. As divindades<br />
3.2. O ser humano e o sentido da vida<br />
4. As dimensões coletivas das manifestações religiosas:<br />
4.1. A relação entre estado e religião<br />
4.2. Religião e política no Brasil<br />
</td>
</tr>
</tbody></table>
Unknownnoreply@blogger.com20tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-36087034428315917942014-12-17T10:56:00.001-04:002014-12-17T11:09:15.412-04:00Texto: Espiritualidade<style type="text/css">p.sdfootnote { margin-left: 0.6cm; text-indent: -0.6cm; margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt; line-height: 100%; }p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120%; }a:link { }a.sdfootnoteanc { font-size: 57%; }</style>
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="right" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;">Organizadores:
Prof. Esp. Francisco Ribeiro da Silva e Me. Manoel Gomes Rabelo Filho</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><b>Resumo</b>:
Este texto contem uma apresentação das ideias dos Professores Dr.
José Policarpo Júnior e Dr. Marcelo Pelizzoli sobre o significado
de espiritualidade no contexto filosófico do humanismo e no contexto
religioso.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=pIhLdHF7gM0" target="_blank">Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=pIhLdHF7gM0</a> </b><br />
<br />
<b>Introdução</b></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Entre <b>espiritualidade e religião</b> há uma relação possível,
mas não necessária. As tradições religiosas promovem e ajudam o
fiel a desenvolver a espiritualidade no sentido que Dalai-Lama nos
coloca: “A espiritualidade produz uma mudança interior no ser
humano”. Mas isso não é necessário e nem todas as religiões ou
vivências religiosas conduzem ao desenvolvimento da
espiritualidade.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote1sym" name="sdfootnote1anc"><sup>1</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Há uma série de <b>polêmicas</b> relacionadas às questões de
espiritualidade e religião. O primeiro aspecto a se compreender é
que a espiritualidade está para a religião assim como o mito está
para a mística. A religião é uma dimensão instituída de ritos e
vivências de algo anterior, que é a mística, a conexão do ser
humano com o sagrado. Esta conexão entra numa dimensão fundante do
ser humano em todas as tradições religiosas, antes do cristianismo,
antes das organizações religiosas propriamente ditas. As religiões
constituem uma vivência mais organizada da espiritualidade, mas a
espiritualidade é anterior. A própria palavra espiritualidade tem a
ideia de espírito. Há pessoas que a entendem como algo
fantasmagórico, mas nas tradições mais antigas, como em grego
<i>Pneuma</i> é o ar e ao mesmo tempo é espírito, em hebraico <i>Ruah
</i><span style="font-style: normal;">que é o sopro e também
espírito </span><span style="font-style: normal;">e o </span><i>Spiritus</i><span style="font-style: normal;">
em latim. Todos possuem uma ideia conectada com a natureza, não uma
coisa abstrata. </span><span style="font-style: normal;">Religião
possui uma ideia de religar o homem com o sagrado. Na tradição
Ocidental, muito marcada pelo cristianismo, se volta muito à questão
de Deus, de religar o homem com Deus, ao monoteísmo, que não é a
maioria da humanidade, nunca foi.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote2sym" name="sdfootnote2anc"><sup>2</sup></a></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b>O
que é espiritualidade?</b></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Espiritualidade é uma compreensão determinada do ente humano, de
todos os seres, e também um modo de viver, correspondente a tal
compreensão. Para o meio intelectual é muito fácil separar o que é
da existência – o que se vive – do que é da esfera do
pensamento. Na espiritualidade esta separação é impossível, ou
inadequada. É preciso que a compreensão do ser humano seja
associada ao modo de viver, tudo o que promove no ser humano a sua
unificação consigo mesmo, com os outros, com o ambiente, com o
cosmos, e para aqueles que acreditam com o sentido último, isto é
espiritualidade. Essa unificação é promovida por atividades
humanas que são do âmbito do invisível. No campo da filosofia as
atividades espirituais como a razão, o acesso aos valores, o querer,
o julgar são atividades espirituais, isto é, não são do visível,
mas do invisível. Nem por isso são atividades menores. São
essenciais ao ser humano. Ele só se unifica consigo mesmo e com os
outros, com o ambiente por meio do cultivo desta dimensão que é a
esfera do invisível.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote3sym" name="sdfootnote3anc"><sup>3</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
A espiritualidade é uma compreensão, não meramente racional, é um
diálogo da vida inteira do sujeito da vida com a verdade, da
adaptação do ser humano ao social, ao natural e acima de tudo uma
vivência. A espiritualidade é uma dimensão prática de sentido,
não é simplesmente dizer “eu acredito que Jesus salva” e eu
estou salvo. Isso não tem relação com a espiritualidade, pois ela
é a vivência naquilo que ocorre. Lévinas diz que “espiritualidade
é a fome do outro”. Com isso ele dá um corte nas dimensões muito
abstratas e dogmáticas da espiritualidade, porque é a fome que o
outro está passando, que é um ser humano como eu, e ao mesmo tempo
a fome que eu tenho do outro, do grande Outro, a fome que se tem em
nível de espiritualidade no sentido mais profundo que você pode
chamar de Deus, pode chamar de natureza, de amor. É importante
pensar uma espiritualidade não dicotômica. Temos uma tradição
milenar de uma espiritualidade dicotomizada – reforça a separação
extrema entre bem e mal, entre Deus e o diabo – reforçada pelas
religiões. Aquela noção maniqueísta do mundo, ou se é do bem ou
do mal. É claro que todos querem pertencer ao grupo do bem. Como
vencer isso, visto que uma espiritualidade que afirma serem os outros
do diabo e a si mesmos como salvos não é espiritualidade, porque
trai toda a tradição de espiritualidade, no sentido de uma tradição
adequada, do sujeito no mundo, do papel de aceitação do outro, da
aceitação da vida que no fundo é o amor. Se observarmos Cristo,
Buda e outros possuem esta tradição. Na Índia existem templos com
casais realizando ato sexual, o que não há em um templo Ocidental.
Para um dogmático do Ocidente isto representa a decadência,
significa um pecado. Para uma pessoa que não tem essa dicotomia, o
sexo é a perfeição da espiritualidade.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote4sym" name="sdfootnote4anc"><sup>4</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Para Comte-Sponville – autor de <i>O espírito do ateísmo</i> –
ser ateu não é negar a existência do absoluto, é negar que o
absoluto seja Deus. Há, no Brasil, o crescimento dos sem-religião,
isto representaria o fim espiritualidade nessas pessoas? Certamente
que não, o próprio Luc Ferry em sua obra – <i>A revolução do
amor: Por uma espiritualidade laica</i> – trata da importância da
espiritualidade laica. É possível uma espiritualidade laica entre
ateus, no entanto têm-se a dúvida se os ateus aceitariam o termo
espiritualidade, mas deve-se ter atitude de respeito quando não há
a aceitação.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote5sym" name="sdfootnote5anc"><sup>5</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Carl Gustav Jung afirma que o último obstáculo para se chegar ao
sagrado – o mais profundo, podendo ser Deus – é a religião.
Muitas vezes a religião pode reproduzir – como dizia Sigmund Freud
– dimensões neuróticas do ego, do sujeito, os medos mais
profundos, da sua carência, da sua falta, da sua dimensão de
incompletude do ser humano. Há, portanto, um limiar complexo, muito
próximo entre neurose e uma espiritualidade mais sadia. Vê-se
problemas de pessoas que tem uma visão dogmática, que cai numa
neurose, até numa psicose.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote6sym" name="sdfootnote6anc"><sup>6</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
É possível que a religião seja a ponte para algumas pessoas
desenvolverem a espiritualidade autêntica. É claro que absolutizar
não é o caminho. Muitas pessoas encontram de fato este aspecto
valioso, por meio das religiões.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote7sym" name="sdfootnote7anc"><sup>7</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
As religiões são veículos que conduzem a algum lugar. Esse lugar é
a dimensão mais profunda do ser humano, que é a dimensão da
vivência do sagrado. É algo mais profundo que dá um sentido de
transcendência do ser humano, da busca pela alteridade, pelo outro,
pela sua completude, é a ideia de religação. As religiões tem
grande importância, por outro lado podem criar obstáculos dos mais
terríveis. Observa-se isto através de um fenômeno, que está
aparecendo no Brasil e não era muito comum, chamado fundamentalismo,
que é o maniqueísmo ou dogmatismo da concepção de um povo eleito,
o único salvo. A noção de que se vai para o inferno, de que só
uma religião salva, de que só há uma forma de Deus. Existe uma
visão de um Jesus branco e de olhos azuis, que é um deus judaico e
depois passado para a Europa – uma noção europeia de deus.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote8sym" name="sdfootnote8anc"><sup>8</sup></a>
Significa que a visão que se tem de Deus é antropomórfica. Os
seres humanos dão forma para o sagrado conforme a cultura. O Buda,
no Japão, tem os olhos puxados. Não importa se Deus é amarelo,
branco ou não for nenhuma pessoa, não é necessário nem ser uma
pessoa, ele pode ser impessoal. No Budismo e em várias religiões
ele é impessoal. Isso não interessa, o que interessa é que a
vivência desse sagrado seja um bom veículo, e que chegue ao local.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote9sym" name="sdfootnote9anc"><sup>9</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Em certo sentido já nascemos com a espiritualidade. Ela é
desenvolvida, cultivada. Em outro sentido ela é inata – já
nascemos com ela – na medida em que já desenvolvemos uma
compreensão da espiritualidade. A tradição budista diz que o Buda,
após se iluminar percebe que tudo é perfeito, que todos os seres já
eram perfeitos, antes dele se iluminar, que o nosso mundo é
perfeito, isto é, existia uma perfeição intrínseca, quando a
pessoa percebe a profunda conexão com todos os seres e com todos os
contextos, ela entende que tudo já é espiritual. Para que alguém
desenvolva ou se aproxime desta compreensão, certamente, a
espiritualidade vai ter que ser cultivada, desenvolvida. Não há
forma única e nem a educação garante coisa alguma. Existem meios
de facilitar o progresso nesse caminho, mas não há uma garantia
neste sentido. Sem dúvida é algo que precisa ser aprendido para nos
relacionarmos de forma criativa, respeitosa, profunda, valiosa com
seres humanos e precisamos aprender com isso. Esse aprendizado
implica algumas construções internas e algumas construções de
interação. Tudo isso precisa vir a ser desenvolvido, não nasce
pronto. As experiências valiosas e significativas são formadoras do
humano. Se aprende a ser justo fazendo experiência de justiça. Por
exemplo Matin Luter King foi uma pessoa que enfrentou a situação,
desenvolveu uma compreensão e soube estar a altura desta compreensão
para vivê-la.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote10sym" name="sdfootnote10anc"><sup>10</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<b>A mística</b> é o sentido último de toda espiritualidade. É a
conexão mais profunda com o que se pode chamar de Numinoso, isto é,
o sagrado. Desse encontro dos sentidos mais profundos da vida humana
que envolve coisas práticas da relação entre seres humanos, a
ética, o meio ambiente, o cosmos. Para diferenciar mito e mística,
primeiro é necessário dizer que o mito, de <i>mithos</i> (grego),
de narrar, contar dimensões essenciais de como era no início, de
dar sentido para um contexto, para um país. Portanto, isso não é
asneira, não é lenda ou mentira. A vida é muito mítica e as
religiões trabalham diretamente com o mito. As ideias de Nossa
Senhora da Conceição como virgem, o mundo feito em seis dias e no
sétimo Deus descansou, não tem a ver com a verdade do ponto de
vista histórico. O mito não está interessado com a verdade, mas
interessado em entrar na experiência da vivência desse sagrado que
se chama mística. O que ocorre com o dogmatismo, que resultam nas
guerras religiosas, é que as pessoas se fixam na verdade histórica
de seus mitos e isso é uma coisa mais terrível que existe. Há
pessoas nas universidades que acreditam que teve uma arca de Noé,
isto é a coisa mais grotesca que se possa acreditar. Inclusive os
judeus daquela época não conheciam sequer uma dúzia de animais.
Nem em todos os navios do mundo se colocaria toda a biodiversidade. O
mundo criado em sete dias? O que é o número sete? O que é esse
deus dos céus, dos ventos, das tempestades? Como isso foi criado?
Por quem foi criado? Vê-se que isso é figuração, é historinha,
não interessa se foi assim no passado. O que interessa é a vivência
do sagrado que é a chamada mística. O único contexto em que as
religiões não brigam – onde um judeu deixa um árabe entrar na
sinagoga, um árabe deixa um judeu entrar na mesquita, um cristão
pode rezar aqui, o ateu se encontra em pé de igualdade com um
não-ateu – é o da mística. Quando se lê os místicos árabes,
budistas, mestre Eckehart, São João da Cruz, Tereza D' Ávila
encontra-se semelhança inacreditável, porque eles entraram no
caminho da iluminação do sentido último das coisas, no sagrado.
Neste ponto não tem uma discussão, caem todos os mitos, todos os
deuses, seja um deus monoteísta ou não e fica só a essência, como
diz o Novo Testamento, o que interessa é o espírito, a letra é
morta. Muita gente não consegue entender isso.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote11sym" name="sdfootnote11anc"><sup>11</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Existem os conflitos por questões históricas de definição de
campos de poder, mas isto não é necessário. As próprias <b>ciências</b>
se contestam entre si. Ninguém pode pensar a ciência como se fosse
uma orquestra, com um regente e todos os instrumentos seguindo uma
mesma melodia. A ciência não é assim, mas é cada instrumento
tocando a sua melodia, esquecendo as dos demais. O campo científico
essa estruturado desse modo. No Brasil, um dos países de maior
projeção no mundo, é que essa discussão está embaraçada,
obstada. Nos Estados Unidos, em 2012, a instituição <i>Maine life</i>
promoveu um simpósio de estudos contemplativos em Denver. Estavam
presentes cientistas das várias partes do mundo e de várias áreas
das ciências como as neurociências, a medicina, a psicologia, as
ciências da educação, a física e a química. E todos, tratando de
uma forma respeitosa com os saberes que vem das tradições
contemplativas, entre elas o Budismo estava presente e que teve mais
influência por causa de Dalai-Lama. Isto é possível e está sendo
feito. Não significa que não haja atrito, pois existem várias
dificuldades.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote12sym" name="sdfootnote12anc"><sup>12</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Isso se deve ao fato de que a <b>academia</b> ainda tem aquele ranço
racionalista-científico que é o modelo de ciência moderno vindo do
séc. XVI e XVII em diante, que é cartesiano-newtoniano, mais
racionalista, mecanicista, e que para poder sobreviver, se impor como
ciência e modificar o mundo teve que, de alguma forma, superar as
interdições, as proibições da religião cristã. Houve choque
desde a origem da ciência moderna até a ciência contemporânea.
Deve-se observar que o modelo das ciências humanas, sociais, a
antropologia, por exemplo, são diferentes das ciências “duras”
no caso da física. Hoje se fala muito da ligação da física
quântica com espiritualidade, como os de Marcelo Gleiser. Mas há
muito charlatanismo, o uso de espiritualidade e física quântica,
que não se configura nem como científico, nem como espiritual, mas
puro materialismo espiritual para ganhar dinheiro. A ciência, de
alguma forma, tem que iluminar os erros da espiritualidade ou da
religião. Por exemplo, a pessoa que acredita na arca de Noé ou que
o mundo foi feito em seis dias, ou que o homem caiu de paraquedas tem
só sete ou oito mil anos de aparecimento no planeta, isto se torna
algo da idade das trevas. Veja que a ciência é muito competente
para mostra que o mundo (a terra) tem 4,5 bilhões de anos. Hoje você
tem um arsenal científico que não há como negar. Por exemplo
quando se escreveu a Bíblia judaica e depois a cristã, o modelo de
ciência era completamente fragilizado, era mínimo. Eles não tinham
nem a ideia do que era o sol, a terra, nem micróbio, nem célula.
Por isso que tem que entender como historinha, mito e se ficar com o
sentido mais profundo, que é o da espiritualidade. Outro detalhe é
que a razão pode convencer, a razão convence, o mito – que
trabalha mais de uma forma emocional – e a religião arrastam o
sujeito para a morte, para se auto imolar. Então é uma força
descomunal, psicológica, profunda de um lado e de outro uma força
racional. Portanto, já se tem uma diferença muito forte e na
ciência se criou, entre os cientistas, o mito da ciência,
transforma-se em uma “religião” também. Observa-se que o mito,
a força mítico-emocional ou religiosa, está aí presente.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote13sym" name="sdfootnote13anc"><sup>13</sup></a>
A acupuntura, por exemplo, é hoje assumida como algo válido. Só
que os seus fundamentos não vem da medicina tradicional, como é
propagada e ensinada no Ocidente. Precisaria para isso alargar o
campo conceitual da própria medicina. Até a medicina tradicional do
Brasil que assumiu como uma das especialidades, não estaria disposta
a dar o passo, está disposta a aceitar os resultados, mas não a
fundamentação que produz esses resultados.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote14sym" name="sdfootnote14anc"><sup>14</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Na visão cristã de que “é mais fácil um camelo passar pelo
buraco de uma agulha do que um rico ir para o céu”, ter-se-ia
muito a se dizer sobre isto. É interessante pensar o porque isto
acontece. Talvez seja porque eles estão interessados na
espiritualidade mais que outros. A questão da relação entre
espiritualidade e negócio evoca dois outros conceitos. O primeiro é
o de <b>Teologia da Prosperidade</b>. Vê-se em algumas tradições
religiosas evangélicas pentecostais e até neopentecostais, mais que
em outras. A Teologia da Prosperidade monta um <i>franchising</i>,
isto é um negócio. Os pastores brigam por espaço nos meios de
comunicação. Essa é uma tradição calvinista, isto é, quando se
é abençoado com o dinheiro é sinal de que se está no bom caminho
e se contribui mais, e se não contribui pode ir para o mal caminho.
A contribuição deve ser feita em pagamentos de carnês, e outros
meios, senão se é excluído. Isso é terrível. Tem o banco do
Vaticano no catolicismo, encontrados em vários lugares. O outro
conceito é o de <b>Materialismo Espiritual</b>. O materialismo das
coisas é quando se quer possuir coisas e o materialismo espiritual é
espiritualizar no sentido de dizer que “sou salvo”, ou “sou
santo”, ou “sou iluminado”. Isto é algo egótico, neurótico,
quando alguém quer se colocar acima das miserabilidades humanas, da
dor humana, acima dos outros, criando um gueto. Esse materialismo
espiritual é elitista. No Filme <i>O S</i><i>e</i><i>gredo</i>, o
materialismo espiritual é demonstrado de forma absurdamente
escandalosa. Nele é retratado uma mística no sentido ruim do termo,
no qual quando se acredita que vai ganhar o primeiro milhão, se
ganha. É o sentido de se pensar quanticamente para mudar o mundo ao
seu redor e para isto vai enriquecer para ser melhor e livre das
dores do mundo. Se o mundo está ruim, está mal é porque você está
pensando mal, não tem justiça política. Então isso é terrível
para a política, pois acaba com ela.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote15sym" name="sdfootnote15anc"><sup>15</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
No nosso mundo nada funciona sem o dinheiro, tudo precisa que o
dinheiro circule. A questão é, qual é a forma digna de se fazer e
que traga o mínimo de sofrimento aos seres, ou o maior benefício
possível para que as iniciativas sejam realizadas? Pode-se ver
algumas iniciativas como a do indiano que criou um banco popular para
financiamentos. Acredito que essa iniciativa é inspirada pela
espiritualidade. A pessoa que tem a visão do âmbito dos negócios,
mas sabe que aquilo tem que chegar a um maior número possível de
pessoas. Ela, então, imagina um meio mais hábil e mais adequado
para que isso seja possível. Estrutura um meio viável e assim o
realiza. Pode-se afirmar que isto seja apenas um ato econômico, mas
não foi. Tem uma inspiração muito sutil e valiosa, por trás,
fazendo isso. Quer dizer que as religiões em geral, do modo como
elas estão organizadas, se quando elas pensam no modo que tem para
alcançar metas que são genuinamente espirituais, sem dúvida ela
terão que ter alguma sustentação baseada nos negócios para que
isso seja sustentável. A forma é de se perguntar sempre, a que isto
se destina? A quem está beneficiando? E por último acredita-se que
isso é um critério de visualizar essa relação de espiritualidade
e negócio e por fim um outro critério também é a questão do
sofrimento humano. É preciso acabar com essa espiritualidade do
super-herói. Jesus, que é uma figura paradigmática para nós
ocidentais, tem como sua principal simbologia a cruz. Um Deus que
morre e parece que é derrotado pelas circunstâncias exteriores. A
espiritualidade que não assume o sofrimento humano e não se prepara
para que isso seja possível, não aceita a sua possibilidade, já é
uma espiritualidade falha e falsa. Não devemos cultivar a
espiritualidade para sermos super-heróis, muito bem sucedidos, mas
para servirmos ao mundo. Algumas formas de servir o mundo leva ao
sofrimento.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote16sym" name="sdfootnote16anc"><sup>16</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Considerando o sentido mais puro da palavra política, que é a
cidadania – <i>Polis</i> = cidade – que é o bem comum,
certamente a espiritualidade pode contribuir muito. As Cebs que foram
desenvolvidas no Brasil, desde os anos 70, são uma coisa muito
linda, muito bonita e com uma mística. A mística do movimento
sem-terra de buscar a justiça, a repartição da terra, de um mundo
mais justo e a mística dos movimentos sociais. Essa mística de
mudança está na ideia de messianismo e tem um conceito de que um
mundo melhor se faz e vem. Messiânico tem esse significado, por
outro lado há um risco enorme nessa área também, porque existem
estados inteiros não só de pessoas, mas de fundamentalistas. Aí
retoma-se a questão da religião enquanto instituída. Estados, onde
quem manda são os religiosos. Essas dimensões tem que ser
consideradas. No Brasil há a ascendência de bancadas cristãs na
Câmara Federal. Esta situação pode mudar muito a configuração
política, conforme o que essas pessoas pensarem. O que pode ocorrer
em termos sociedade? É uma área perigosa, mas ao mesmo tempo
necessária. Observa-se que as pessoas que tem a formação, uma
espiritualidade, uma capacidade pro amor e a generosidade, os valores
que a espiritualidade traz contribuem, o que é muito bom. Um
empresário com esse entendimento, o que não faria em termos de um
capital social de uma visão socializante ou um político com um
visão dessas, talvez não roubasse. Membros do PT durante um tempo
tinham uma visão mística de mudar o mundo mesmo. Não era por
dinheiro, nem por nada, mas muito disso se perdeu. Estamos numa crise
contemporânea e isto aumenta muito a busca pela espiritualidade,
tanto para o bem e quanto para o mal. Pode-se chegar a um dogmatismo
mais tacanho, violento, contra os direitos das pessoas, a liberdade
ou o inverso disso. Vê-se a espiritualidade crescendo, diálogos
inter-religiosos, as pessoas abrindo a sua mente e vendo que a união
é necessária para fazer algo, senão tudo se perde. Isso está
acontecendo neste momento.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote17sym" name="sdfootnote17anc"><sup>17</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
No quadro histórico em que nos encontramos, a democracia é um
regime histórico. Acredita-se que a defesa dos meios democráticos
de governo é uma atitude da espiritualidade. Mesmo dentro da
democracia não se pode idealizar nada, quando nos referimos ao
momento histórico em que se encontra o ser humano. Essa conexão é
melhor sendo feita do ponto de vista da espiritualidade da política
e não exatamente da religião e da política, porque é a questão
do posicionamento diante das medidas de circunstâncias que demandam
realmente uma afirmação. Um exemplo: Quais os motivos que levam a
um parlamentar no Congresso Nacional a votar sim ou não numa
determinada matéria? Se ele está movido intrinsecamente por uma
convicção, por um princípio que seja o melhor para a população.
Isso de fato é fundamental. Infelizmente sabe-se que muitos
parlamentares, e não generalizando, pois não é a maioria, não
votam exatamente por esses motivos. Isto quer dizer, mesmo numa
democracia, exercer a política com dignidade, com respeito, com
legitimidade, pressupõe uma certa segurança, uma certa fortaleza
espiritual, porque as pressões dos <i>lobs</i> dos governos e às
vezes também, os movimentos sociais, porque nem sempre os movimentos
sociais querem coisa justa, mas podem querer coisa injusta para
oprimir um outro segmento social. É preciso que haja pessoas que
estejam bastante convictas, muito firmes interiormente para defender
a sua posição de forma legítima e justa. Isso é um ato espiritual
na política.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote18sym" name="sdfootnote18anc"><sup>18</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
A espiritualidade na vida cotidiana requer cultivo do seu estado
interior, por exemplo pelo silêncio: observar, tomar consciência de
si, de como se relaciona com o mundo, o outro, o que faz da vida,
como compreender o mundo, as coisas, como olho para o outro, a outra
religião, a natureza, os animais, como me alimento, como tenho
simplicidade, generosidade, os valores mais fundamentais da vida. A
espiritualidade é isso, é o fundamento da minha relação com o
mundo, neste sentido é a fome do outro e a fome que o outro tem.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote19sym" name="sdfootnote19anc"><sup>19</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Olhar para si, reconhecer os seus lados sombrios, buscar conectar-se
consigo mesmo em primeiro lugar, depois com os demais à sua volta.
Inspirar-se para ter uma vida valiosa, para trazer as coisas boas do
mundo, que já tem muitas coisas ruins, ou pelo menos para que não
se gere mais sofrimento, mais coisas ruins. Se possível fazer alguma
coisa positiva e viver desse modo. Se uma pessoa procura pautar sua
vida, no seu cotidiano, nas coisas pequenas, desde tomar um copo
d'água e oferecê-lo ao outro, até a vida profissional. Essa é uma
forma possível de viver a espiritualidade.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote20sym" name="sdfootnote20anc"><sup>20</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b>Referência</b></div>
<div align="left" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="left" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><b>ESPIRITUALIDADE:
</b><span style="font-weight: normal;">Opinião Pernambuco</span>.
Entrevista com José Policarpo Júnior e Marcelo Pelizzoli. Direção:
Andreia Rocha; Haymone Neto. Produção: Andreia Rocha; Bruna
Aldabalde; Camila Barreto; Cleyton Silva; Haymone Neto. Recife: TVU –
TV Universitária, 2013. 54'07''. Disponível em:
<http://www.youtube.com/watch?v=pIhLdHF7gM0>, Acesso em: 11 nov
2014.</span><br />
<br />
<span style="font-size: x-small;"><b><span style="font-size: small;">Notas:</span></b></span><br />
</div>
<div id="sdfootnote1">
<div align="justify" class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote1anc" name="sdfootnote1sym">1</a>POLICARPO
JÚNIOR, José. Espiritualidade. <i>In</i>: ESPIRITUALIDADE: Opinião
Pernambuco. Entrevista com José Policarpo Júnior e Marcelo
Pelizzoli. Direção: Andreia Rocha; Haymone Neto. Produção:
Andreia Rocha; Bruna Aldabalde; Camila Barreto; Cleyton Silva;
Haymone Neto. Recife: TVU – TV Universitária, 2013. 54'07''.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=pIhLdHF7gM0>,
Acesso em: 11 nov 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote2">
<div align="justify" class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote2anc" name="sdfootnote2sym">2</a>PELIZZOLI,
Marcelo. Espiritualidade. In: ESPIRITUALIDADE: Opinião Pernambuco.
Entrevista com José Policarpo Júnior e Marcelo Pelizzoli. Direção:
Andreia Rocha; Haymone Neto. Produção: Andreia Rocha; Bruna
Aldabalde; Camila Barreto; Cleyton Silva; Haymone Neto. Recife: TVU
– TV Universitária, 2013. 54'07''. Disponível em:
<http://www.youtube.com/watch?v=pIhLdHF7gM0>, Acesso em: 11
nov 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote3">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote3anc" name="sdfootnote3sym">3</a>POLICARPO
JÚNIOR. op. cit., 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote4">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote4anc" name="sdfootnote4sym">4</a>PELIZZOLI,
Marcelo. op. cit., 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote5">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote5anc" name="sdfootnote5sym">5</a>POLICARPO
JÚNIOR, José. op. cit., 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote6">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote6anc" name="sdfootnote6sym">6</a>PELIZZOLI,
Marcelo. op. cit., 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote7">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote7anc" name="sdfootnote7sym">7</a>POLICARPO
JÚNIOR, José. op. cit., 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote8">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote8anc" name="sdfootnote8sym">8</a>Esta
é uma representação de Jesus construída pelos europeus, visto
que o que se sabe é que seria impossível Jesus ter esta aparência.
A aparência de um judeu de sua época e situação geográfica …..</div>
</div>
<div id="sdfootnote9">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote9anc" name="sdfootnote9sym">9</a>PELIZZOLI,
Marcelo. op. cit., 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote10">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote10anc" name="sdfootnote10sym">10</a>POLICARPO
JÚNIOR, op. cit., 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote11">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote11anc" name="sdfootnote11sym">11</a>PELIZZOLI,
op. cit., 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote12">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote12anc" name="sdfootnote12sym">12</a>POLICARPO
JÚNIOR, op. cit., 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote13">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote13anc" name="sdfootnote13sym">13</a>PELIZZOLI,
op. cit., 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote14">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote14anc" name="sdfootnote14sym">14</a>POLICARPO
JÚNIOR, op. cit., 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote15">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote15anc" name="sdfootnote15sym">15</a>PELIZZOLI,
op. cit., 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote16">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote16anc" name="sdfootnote16sym">16</a>POLICARPO
JÚNIOR, op. cit., 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote17">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote17anc" name="sdfootnote17sym">17</a>PELIZZOLI,
op. cit., 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote18">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote18anc" name="sdfootnote18sym">18</a>POLICARPO
JÚNIOR, op. cit., 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote19">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote19anc" name="sdfootnote19sym">19</a>PELIZZOLI,
op. cit., 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote20">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote20anc" name="sdfootnote20sym">20</a>POLICARPO
JÚNIOR, op. cit., 2014.</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-82594171720780832932014-12-02T17:05:00.002-04:002014-12-02T17:13:39.485-04:00Formação dezembro 2014 - AvisosAvisamos que o último <b>encontro da formação do ensino religioso</b> será realizado:<br />
<ul>
<li><b><i>Quinta-feira - Dia 04/12/2014</i></b></li>
<li><b><i>Local - Auditório da Sede de Secretaria de Educação/antigo CEIA</i></b></li>
<li><b><i>Horário-08h às 12h.</i></b></li>
<li><b><i>Assunto: Espiritualidade</i></b></li>
</ul>
<br />
<b>Aviso:
Alertamos que as postagens enviadas para o blog só será aceita até o
dia 08 de dezembro de 2014, inclusive a atividade que será pedida no encontro do
dia 04/12.</b><br />
<br />
Coordenação ER.Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-33454559846924089592014-11-05T07:46:00.001-04:002014-11-05T08:02:00.557-04:00Encontro Novembro 2104Avisamos que o encontro de formação do Ensino Religioso do mês de Novembro de 2014 será dia 06, quinta feira, como combinado. <br />
Local: Secretaria de Educação - Auditório<br />
Horário: 8h às 12h.<br />
Tema: Religiões na pós-modernidade.<br />
Para acessar o Texto: <a href="http://eensinoreligiosororaima.blogspot.com.br/2014/11/a-religiosidade-na-pos-modernidade.html" target="_blank">A religiosidade na pós-modernidade</a> logo abaixo.<a href="http://eensinoreligiosororaima.blogspot.com.br/" target="_blank"></a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-17838656496421627672014-11-05T07:38:00.001-04:002014-11-05T08:24:51.475-04:00A religiosidade na pós-modernidade<style type="text/css">p.sdfootnote-western { margin-left: 0.6cm; text-indent: -0.6cm; margin-bottom: 0cm; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt; line-height: 100%; }p.sdfootnote-cjk { margin-left: 0.6cm; text-indent: -0.6cm; margin-bottom: 0cm; font-family: "Droid Sans Fallback"; font-size: 10pt; line-height: 100%; }p.sdfootnote-ctl { margin-left: 0.6cm; text-indent: -0.6cm; margin-bottom: 0cm; font-family: "FreeSans"; font-size: 10pt; line-height: 100%; }p { margin-bottom: 0.25cm; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 0); line-height: 120%; }p.western { font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; }p.cjk { font-family: "Droid Sans Fallback"; font-size: 12pt; }p.ctl { font-family: "FreeSans"; font-size: 12pt; }a.sdfootnoteanc { font-size: 57%; }</style>
<br />
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
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<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: small;">Me. Manoel Gomes Rabelo Filho<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote1sym">1</a></span></div>
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Resumo: Este texto apresenta características da pós-modernidade e suas implicações para as religiosidades. É discutido o sentido que a modernidade dá à religiosidade e à religião e suas respectivas mudanças em relação à pós-modernidade. Enfrenta-se os problemas decorrentes das críticas às religiões feitas pela modernidade e o avanço das religiosidades na pós-modernidade.</span></div>
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;">Palavras-chave: Pós-modernidade, modernidade, religiosidade, identidade, ateísmo.</span><br />
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<span style="font-size: large;">As características da pós-modernidade apresentam intensas repercussões na sociedade e como consequência na religiosidade. A alteração da vida social e a interconexão entre o global e o pessoal geram novas formas de auto-identidade, fragmentando o indivíduo. Há uma tendência de reorganização do tempo e do espaço, que se reconfiguram a partir do desenvolvimento das tecnologias. Aumentam as dúvidas sobre as realidades da vida chegando-se a uma dúvida radical que faz revisar hipóteses a cada momento. Cresce a confiança em relação a algumas ameaças e novos riscos são introduzidos, especialmente aqueles que as gerações anteriores nunca enfrentaram. A comunicação influencia a auto-identidade e existe uma diversidade de opções de estilos de vida. Dessa forma há uma crise de identidade em relação a tradição, as antigas formas de comportamentos, abalando os quadros de referências.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote2sym">2</a> </span><br />
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<span style="font-size: large;">A sociabilidade e o conhecimento apresentam-se, através da experiência vivida, como alternativas de sobrevivência no meio cultural. É a alteridade o núcleo central das culturas, e nela está a raiz da vida social. Construímos legitimidade e respeito a partir da alteridade e da diferença e isto nos faz ver nossa própria identidade. O desenvolvimento da identidade pela sociabilidade pode buscar a legitimidade através de um critério ético que proporcione cuidados à existência humana. “A vida tem que ser respeitada para que seja garantida a sua integridade, o que existe é uma atitude de reverência e de cuidado com todos os seres”.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote3sym">3</a> A diferença, portanto, desenvolve a diversidade e dá espaço para a democracia e para uma convivência plural, mesmo através de conflitos, que em grande parte são conflitos legítimos. No imaginário moderno perpassam a concepção de uma modernidade com o sentido de libertação da sociedade humana das amarras da tradição e da ignorância, o que representa a visão medieval da vida. Dessa forma é que a modernidade se caracteriza pela negação de qualquer forma social pré-moderna, uma descontinuidade histórica, um período transitório com rupturas e fragmentações. Existe uma sensação de mudanças desenfreadas, um desenraizamento e uma perda de referenciais da vida social e pessoal.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote4sym">4</a></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
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<span style="font-size: large;">O sentido dado a esta modernidade e a pós-modernidade é que destitui suas referências para fornecer uma gama complexa de indicações desconexas. Uma época que destrói parte do que se vivia antes, e reconstrói o novo com o objetivo de alicerçar uma nova sociedade e que volta a destruir para alcançar novas implementações. O moderno encontra-se num ambiente de aventura que ameaça destruir o que temos, o que sabemos e o que somos, para que, de forma criativa, se possa destruir e ao mesmo tempo inovar, realizando uma “autodestruição inovadora” nos processos culturais, sociais e religiosos.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote5sym">5</a></span> <br />
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<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Entende-se a cultura e a sociedade modernas como o estilo de vida que usa a modernidade como justificação do projeto capitalista. A burguesia fez isto, ao valorizar a modernidade como um contexto sócio-histórico seu, ao dar todas as capacidades instrumentais de dominação da natureza e de outros seres humanos à razão humana. Esta visão estabelece que a religiosidade é uma chave de leitura exclusiva do mundo medieval, ao qual a sociedade deveria combater e superar. Assim é que Marshall estabelece um conceito de modernidade como a era da razão instrumental:</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">É o estilo de vida, de organização social e uma forma de representação da realidade que se desenvolve sobretudo a partir do século XVII, na sociedade européia, que foi apropriado pelo capitalismo no qual a destruição criativa e a razão instrumental são suas marcas registradas.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote6sym">6</a></span> <br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">A religiosidade na pós-modernidade precisa manter o diálogo com a cultura recente, questionando os preconceitos e mantendo a tradição desenvolvida pelos povos. Rompe-se neste sentido, com as verdades absolutas e inquestionáveis e busca-se uma espécie de “mega-ecumenismo” incluindo grupos religiosos e arreligiosos. As críticas à religião, desenvolvidas de forma eficiente por uma diversidade de pensadores a partir do século XIX, sobre a legitimidade e a coerência da religiosidade, proporciona reflexão e abertura para o diálogo. K. Max, S. Freud e F. Nietzsche convencem muitos religioso.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote7sym">7</a></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<br />
<span style="font-size: large;">A religiosidade que descarta as críticas com pressupostos reflexivos abandona o caminho para uma discussão madura. Identifica nas controvérsias os elementos com fatores positivos de respeito, diálogo e o fortalecimento da própria identidade religiosa. </span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Este diálogo fornece caminhos para entender a relação entre religiosidade e pós-modernidade. Apresentam-se mundos de problemas e visões da realidade diversificadas, as mudanças são sugeridas continuamente. Insatisfação e angústia continuam. É fato que “na modernidade as pessoas precisam ser convencidas e na pós-modernidade elas precisam ser seduzidas”.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote8sym">8</a> Existem situações que trazem dor e sofrimento, mas existem as apaixonantes que podem resgatar o sentido da vida. “O novo é fascinante porque abre sulcos no deserto, ressuscita os ossos, mobiliza pessoas, grupos e instituições e, sobretudo, renova razões para viver e sonhar.”<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote9sym">9</a> A busca destas razões é o que move o mundo humano. As razões científicas possuem intenções de objetividade e as razões religiosas fornecem resgates morais e simbólicos. Em cada forma racional de entender este mundo há um conjunto de pretensões que geram condenações mútuas. </span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Bombas atômicas na guerra nuclear, guerra fria entre Ocidente e Oriente, muro de Berlim que separa povos, cercas como símbolo da liberdade na era cristã Ocidental, o novo vigor do capitalismo pelo neoliberalismo, revelam-se como problemas pós-modernos. A supremacia da lei do mercado está acima das intenções de se fazer o bem. A tecnologia vem sendo consumida como uma necessidade, substituindo a produção de bens elementares para atender a desejos cultivados pelo neoliberalismo. Pergunta-se, onde está Deus nesta série de injustiças sociais? Onde está o sagrado das religiões que poderia fornecer orientações para estas realidades irreconciliáveis? “O contrário de tudo isso é Deus. Deus está presente no contrário. Nossa luta em favor da justiça e da paz brota da convicção de que Deus está na injustiça proclamando o seu contrário, ele está na guerra anunciando o seu contrário.”<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote10sym">10</a> O sagrado das religiões se revelam nas entranhas dos problemas humanos, até mesmo aqueles que fazem mal para os outros seres humanos, tendo como perspectiva a superação do profano, identificada aqui como as injustiças que estão veladas nas explorações e opressões. Do ponto de vista cristão é o profeta que denuncia tudo isso, mesmo que os problemas não apareçam de forma clara.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">A modernidade procurou mostrar-se superior às religiões pelas críticas que fazia à Idade Média e à cristandade. Esta modernidade aponta para as realidades sociopolítico-econômicas justificando os seus ganhos e o colonialismo, buscando, pela morte do outro, o desenvolvimento de totalidades que centralizam-se na própria identidade, “a ponto de quase não sobrar lugar para o diferente dela”.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote11sym">11</a></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">A religiosidade, entendida como “a dimensão mais profunda da totalidade da vida humana [...] é a busca da abertura ao transcendente, àquilo ou Àquele que ultrapassa a superfície da vida, é o sentido radical da existência.”<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote12sym">12</a> Ela é a busca do sentido radical, ao sentido mais fundamental da existência humana e de sua totalidade. Este significado de religiosidade pode interagir com as ideias da pós-modernidade, visto que ele não é exclusivo das religiões, mas possui uma abertura aos valores das situações concretas. Uma das chaves para este problema é procurar enfrentá-lo de forma a verificar fatores positivos, tanto das religiões em relação à modernidade quanto da pós-modernidade em relação às religiões. O diálogo só não é possível se cairmos num fundamentalismo religioso ou num relativismo científico e filosófico. As interrogações atuais devem partir de uma reflexão de uma metodologia diferentes das do passado e que permitam dar sentido e profundidade aos referenciais modificados pela pós-modernidade. Neste sentido</span>
<span style="font-size: large;">é possível educar a pessoa humana que o único ponto de referência para si mesma é que não tem passado e nem futuro, apenas um presente? Para que serve a educação da religiosidade, se não há paradigmas e nem é possível uma ética que tenha valor universal? Como trabalhar para não chegarmos à relativização do absoluto e à absolutização do relativo?<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote13sym">13</a></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Estes questionamentos revelam o paradigma que envolve a religiosidade na pós-modernidade. Os referenciais, os contextos e os valores estão em cheque em vista do fortalecimento do capitalismo globalizado e neoliberal. É como se fosse o fim da história para a existência humana, retratando aspectos mecânicos, simplistas e redutores da realidade a uma ordem específica na qual somente o capitalismo faria sentido. </span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">A Idade Moderna tentou reduzir a realidade às leis e princípios aplicados a partir da relação de causa e efeito tanto nas ciências quanto na vida cotidiana. Pretendia-se desenvolver um pensamento que dominasse a natureza e que tornasse o ser humano um sujeito objetivo, com poderes de dominação sobre os outros e a natureza, negando a alteridade. </span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">A pós-modernidade pretende quebrar essas amarras de elementos fixos na realidade e entendê-la como complexa e plural. Uma compreensão da realidade que ouça mais a memória do que o progresso ilimitado. A objetividade moderna busca o verdadeiro mantendo autoridade a alguém, já o pós-moderno afirma que este verdadeiro não é natural, mas construído humanamente e possível de ser dissolvido.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Nietzsche, considerado um dos iniciadores da pós-modernidade, escandaliza por afirmar a morte de Deus. Mas qual é o Deus que ele pretende destruir com o seu niilismo? Ele pretende destruir a ideia de pressupostos, das certezas absolutas, de um deus com valores que suplanta o ser humano, um deus violento, um deus que justifica a estrutura da sociedade a qual Marx criticava, o deus que ilude por uma falsa ideia de salvação. Ele deseja destruir ainda uma fé que faz fugir da realidade, que faz sofrer. Nietzsche quis dizer que não há um fundamento para nada, nem para afirmar que Deus exista ou não exista, que uma religião tenha ou não que existir. Neste pensamento estão um dos fundamentos do ateísmo moderno, mas ao mesmo tempo morre um tipo de moral religiosa e uma lei universal que mais justificam a forma com que vivemos do que a transformam. Se não é negar e nem afirmar Deus ou a religião, então em que sentido pode-se dizer que Nietzsche tinha razão? </span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br />
</span><span style="font-size: small;">[...] se a religião não pode ser afirmada racionalmente, também não pode ser negada racionalmente. Por isso a pós-modernidade não tem medo de dizer que a religiosidade, a religião e Deus podem existir e podem ser captados por outras vias e outras dimensões que não seja simplesmente a racionalidade.<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote14sym">14</a></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Tomou-se apenas um autor para ilustrar as críticas que são feitas à religião pela pós-modernidade. Essa crítica não é simplesmente centrada na negação ou afirmação de algo, mas foca a condição específica da pós-modernidade que é deixar em suspense a afirmação, levando em consideração o contexto, a situação específica que nos faz afirmar algo como verdadeiro. Estão sendo observadas outras dimensões e não somente a racionalidade irrestrita para se confirmar algo.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Vale concluir que a religiosidade na pós-modernidade é representada como uma dimensão humana efusiva, que se destaca como meio simbólico do ser humano, enquanto celebra. É o que questiona sobre o sentido último da existência do ser humano, enquanto reflete. A religiosidade é a visão de mundo que catalisa interpretações justificadoras do sentido da vida. Ela é provedora da flexibilização das visões individualistas, solitárias e promotora de orientações comunitárias que alcançam outros sentidos, para além das nossas próprias possibilidades finitas.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<br />
<b><span style="font-size: small;">Referências</span></b><br />
<br />
CARIAS, Celso Pinto. Teologia para todos: manual de iniciação teológica a partir de seus principais temas. Petrópolis: Vozes, 2007.<br />
<br />
GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.<br />
<br />
LYON, David. Pós-modernidade. 2ª ed. São Paulo: Paulus, 2005.<br />
<br />
PADEN, William E., Interpretando o sagrado: modos de conceber a religião. São Paulo: Paulinas, 2001.<br />
<br />
SANCHES, Wagner Lopes. Pluralismo religioso: as religiões do mundo atual. Temas do Ensino Religioso. São Paulo: Paulinas, 2010.<br />
<br />
SANDRINI, Macos. Religiosidade e educação no contexto da pós-modernidade. Petrópolis: Vozes, 2009.<br />
<br />
VIEIRA, José Álvaro Campos. Os sem religião e a concepção de espiritualidade não religiosa de Marià Corbí. Demanda Universal, 2012.<br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote1anc">1</a>Mestre em Ciências da Religião – UNICAP/2012, Coordenador do Ensino Religioso de Roraima.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote2anc">2</a>GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote3anc">3</a>SANCHES, Wagner Lopes. Pluralismo religioso: As religiões do mundo atual. São Paulo: Paulinas, 2010, p. 18.</span><br />
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote4anc">4</a>SANCHES, 2010, p. 26.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote5anc">5</a>Ibidem, p. 28-29.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote6anc">6</a>MARSHALL apud SANCHES, op. cit., 2010, p. 29.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote7anc">7</a>CARIAS, Introdução à Teologia. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 13.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote8anc">8</a>SANDRINI, Marcos. Religiosidade e educação no contexto da pós-modernidade. Petrópolis: Vozes, 2009, p. 9.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote9anc">9</a>SANDRINI, op. cit., 2009, p. 10.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote10anc">10</a>Ibid., 2009, p. 15.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote11anc">11</a>BOFF apud SANDRINI, op. cit., 2009, p. 17.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote12anc">12</a>SANDRINI, op.cit., 2009, p. 17.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote13anc">13</a>SANDRINI, op. cit., 2009, p. 24.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote14anc">14</a>SANDRINI, op. cit., 2009, p. 144.</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-22582032274207334722014-10-06T17:58:00.003-04:002014-10-06T17:58:40.035-04:00Política, violência e drogas no contexto religioso do Brasil
<style type="text/css">p.sdfootnote { margin-left: 0.6cm; text-indent: -0.6cm; margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt; line-height: 100%; }p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120%; }a:link { }a.sdfootnoteanc { font-size: 57%; }</style>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="right" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="right" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;">Me.
Manoel Gomes Rabelo Filho</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<i>A violência no
Brasil</i></div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
A violência no Brasil tem demandado ações repressivas e
preventivas do poder público, ao qual se dá ênfase nas ações
repressivas, fato que muitas vezes fortalece o comportamento
desviante. A maior parte da violência ocorrida vitimam jovens entre
18 e 29 anos e nesta mesma faixa etária é também de onde parte a
maioria das agressões.</div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Os motivos que envolvem os jovens em ações violentas estão
relacionados a fatores como a baixa autoestima; inadequações em
espaços de convivência; abusos físicos, sexual e psicológico;
constrangimentos pela condição socioeconômica, de gênero ou raça.
Além disso, existem as dificuldades normais da idade do jovem com
relação ao seu meio; problemas na vinculação familiar,
comunitária ou escolar; a construção da autoimagem; influências
de amigos e as inter-relações do seu grupo com a sociedade.
Somando-se a isso a fragilização das instituições tradicionais,
as manifestações da personalidade antissocial e a experimentação
exploratória do mundo focando uma afirmação da liberdade.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote1sym" name="sdfootnote1anc"><sup>1</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
É claro que existem alguns exageros relacionados às interpretações
acerca da associação entre o jovem e a violência. No caso dos
adolescente, há valorização, focadas pela mídia, de sua presença
como autores de crimes violentos. Esta exposição cria na sociedade
repulsa e repreensão. Além disso há alguns mitos na América
Latina que afirmam ser os jovens e adolescentes pobres, desordeiros,
considerados suspeitos em potencial tanto na política quanto no
contexto escolar. Somados a isso existem as complicações referentes
à idade da adolescência como rejeições de casa, fora e na escola,
o desemprego, o alcoolismo e a violência doméstica. Esses fatos
fazem com que os adolescentes sejam estigmatizados, criminalizados
gerando efeitos perversos, como a exclusão severa que os tornam
vulneráveis ao delito e presas fáceis de bandos, com o consequente
fortalecimento de políticas severas de repressão, neste sentido.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote2sym" name="sdfootnote2anc"><sup>2</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Em relação à mortalidade, no Brasil são vitimados jovens do sexo
masculino entre 15 e 29 anos, pobres, não brancos, com pouca
escolaridade e que vivem em áreas carentes. Já as vítimas de
violência não letais estão os jovens de 19 a 29 anos que sofrem
lesões corporais dolosas e tentativas de homicídios na maioria. Os
jovens de 25 a 29 anos são vítimas de furtos a transeuntes e roubo
de veículos. Já os adolescentes de 12 a 17 anos são maioria
vítimas de estupro e de atentado violento ao pudor.</div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Em relação aos responsáveis pela violência estão os jovens de 18
a 29 anos que estão em grandes cidades e que usam de uma
sofisticação da violência pela disseminação do porte de arma de
fogo e pela generalização de uma cultura da violência. Os fatores
disso são as contradições sociais que supervalorizam o consumismo
exacerbado, as desigualdades sociais e o mercado de trabalho. Com o
aumento da violência delitual, diminui a idade dos seus autores.
Para entender porque isto ocorre não se pode analisar somente o
recrutamento para atividades criminosas, as facilidades para obter
arma de fogo no país, o processo de educação e formação, a
banalização da violência e a dinâmica das desigualdades e
exclusão social. É necessário também incluir na análise dos
envolvimentos em violências (como autores ou vítimas) outros
fatores como as perspectivas de ganhar dinheiro fácil e rápido com
pequenos e grandes delitos, o reconhecimento ao causar medo e
insegurança aos outros e ao ostentarem armas de fogo, a afirmação
de uma nova identidade. Além disso as brigas e ameaças são usadas
como instrumento de resolução de conflitos e disputas pessoais.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote3sym" name="sdfootnote3anc"><sup>3</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<i>A
violência no contexto religioso brasileiro</i></div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Em relação à uma espécie de adaptação desta realidade
brasileira ao contexto religioso podemos tirar algumas conclusões
importantes. Em geral a violência neste âmbito ocorre devido à
diversas formas de intolerâncias.
</div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
No contexto mundial, por causa da intolerâncias religiosa, muitas
guerras foram deflagradas, pessoas mortas e outras violações do
direito à religião. Pode-se definir a intolerância religiosa como
um desrespeito às crenças religiosas dos outros, seja por falta de
conhecimento, seja por imaginar que a religião do outro seria uma
ameaça à sua. Essas formas de intolerância podem aparecer como
perseguição religiosa, desqualificação do outro ou agressão
física. Historicamente a intolerância religiosa acontece devido à
discriminação com relação aos adeptos de uma religião, por não
pertencer a uma religião ou por não pertencer à nenhuma religião.
No I século da nossa era os cristãos eram discriminados por judeus
e pagãos, mas depois ocorreu o inverso, foram criadas muitas formas
de acabar com as heresias e com isto os cristãos passaram a
perseguir os não cristãos e as mulheres, sendo estas consideradas
como bruxas. No holocausto, os judeus, os ciganos, os homossexuais e
os deficientes físicos eram perseguidos e mortos pela justificativa
do ideário ariano de Adolf Hitler apoiado em algumas ideias
religiosas.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote4sym" name="sdfootnote4anc"><sup>4</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
No contexto brasileiro, muitas dessas ideias cristãs foram usadas
como justificativas para a escravização dos povos africanos. No
imaginário cristão, negro, herege e pagão não tinham alma, não
eram considerados filhos de Deus e poderiam ser tratados apenas como
coisa. A intolerância e o racismo, fundamentados na fé e por ser de
outro grupo étnico, eram justificadores também da violência. Até
a década de 1960 as religiões Afro-brasileiras eram perseguidas
pela polícia no Brasil. Há caso de evangélicos e neopentecostais
que são hostilizados por sua forma de vestir, por darem o dízimo e
por professarem publicamente a sua fé. Existem diversos programas de
TV que satirizam e discriminam estes cristãos.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote5sym" name="sdfootnote5anc"><sup>5</sup></a>
</div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Neste entendimento verifica-se que é a intolerância a grande
causadora dos processos violentos no contexto religioso do Brasil,
seja ela advinda da dificuldade de aceitação das diferenças
étnicas, seja da falta de compreensão em relação às
religiosidades diferentes ou ainda à pessoa que não possui
religião. Citamos alguns casos de intolerância:</div>
<ul>
<li><div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
Em 1995, o Bispo Sergio von Helder, da Igreja Universal o Reino de
Deus (IURD), desferiu chutes a uma santa católica;</div>
</li>
<li><div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
Depois disto diversos templos da IURD foram atacados por católicos
e a rede <i>Record</i> foi perseguida com o pedido de cassação por
parlamentares católicos;</div>
</li>
<li><div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
Um homem foi preso em 2004 ao jogar uma imagem de Nossa Senhora no
chão, de dentro de uma catedral em São Paulo. O homem se dizia
evangélico e tinha uma camisa com a frase “Exército de Jesus”.</div>
</li>
<li><div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
A Jovem Larissa Rafaela Condo de Lima, 15 anos, se suicida ao tomar
uma substância venenosa depois de apanhar do pai evangélico para
que seguisse as regras da igreja.</div>
</li>
<li><div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
Na posse dos deputados estaduais no estado do Piauí em 2010 foi
convidado apenas representante da igreja católica e os pastores
evangélicos foram esquecidos. (A lei 5112 referenda que ao
participarem autoridades eclesiásticas deve haver a presença de no
mínimo dois credos religiosos).<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote6sym" name="sdfootnote6anc"><sup>6</sup></a></div>
</li>
</ul>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
A intolerância caminha pelas dificuldades de aceitação do outro,
do diferente. Diante da não aceitação da prática religiosa, as
reações são de violência física, escrita ou verbal com a
finalidade de combater, avançar sobre a religião do outro com
garras, como se suas manifestações religiosas fossem o caminho do
mal. Muitas vezes o discurso religioso cristão se torna tão
exclusivista que demoniza as outras religiões. Até mesmo dentro do
próprio cristianismo as diversas denominações religiosas negam-se
entre si, se autodenominando como verdades absolutas, com doutrinas
tão imperiosas que não poderia ser mais implacável que o Deus mais
impiedoso.
</div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Estas verdades são tão fixas que passam a esquecer a verdade
bíblica maior do cristianismo que é o amor ao próximo, o respeito
ao estrangeiro, à mulher e aos pagãos. São também formas de
violência o confronto verbal ou escrito que diminuem o outro, em
especial àqueles que negam chance de defesa.</div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<i>Para
além da </i><i>não-</i><i>violência na intolerância religiosa</i></div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Fica fácil descobrir nos textos bíblicos passagens que contradizem
a violência em decorrência da intolerância religiosa. O Novo
Testamento está cheio de testemunhos do amor de Deus para com os
seus filhos, o amor de Jesus Cristo para com os seus discípulos e
não só com eles, mas também para com pessoas totalmente
desconhecidas como a viúva, o estrangeiro, o cego, o aleijado. Ao
mesmo tempo em que pode-se observar qual leitura dos textos bíblicos
foram feitas para se chegar ao respeito ao outro no nosso contexto
social, “a leitura latino-americana dos textos bíblicos
transformou, diversas vezes, aquilo que era intolerância como sendo
reação dos oprimidos ou reação a uma divindade opressora. Isso
significa que a divindade era porta-voz de um projeto político.”<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote7sym" name="sdfootnote7anc"><sup>7</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
A tolerância requer uma associação, uma convivência com aquele
que é diferente. Jesus não se limitou a ajudar os seus semelhantes,
mas foi além, aceitando tanto os judeus quanto os estrangeiros.
Portanto, tolerar fortalece a convivência com as diferenças e nos
faz aceitar o diferente. O que pode unir as pessoas não é somente o
que há de comum entre elas, mas também o que se pode aprender com
as respectivas diferenças.</div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Houve um projeto político, junto com o sistema religioso, dos
colonizadores portugueses e espanhóis na América Latina. Certamente
não era uma religiosidade pura, mas era “detentora de valores
culturais e políticos e uma visão de sociedade”.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote8sym" name="sdfootnote8anc"><sup>8</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Na realidade, existe o desejo de se criar uma sociedade segundo os
valores que se pensa como corretos. Na Guerra entre Estados Unidos e
Iraque “o cristianismo, encarnado na cultura americana, foi visto
por alguns grupos islamistas como promotor de valores maléficos. Por
outro lado, os americanos se referiram aos islamistas, principalmente
da base fundamentalista, em especial o Irã e o Iraque, como
participantes do 'eixo do mal'”.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote9sym" name="sdfootnote9anc"><sup>9</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
No Brasil colonial o confronto entre católicos e protestantes entre
os séculos XVI-XVII, dá conta de que os protestantes eram
considerados como hereges, cismáticos e excomungados. Havia um
combate constate do Estado Colonial Português e da estrutura
hierárquica da Igreja Católica às outras denominações cristãs.
No século XVIII houve o fechamento da colônia para os não-
portugueses, em especial os advindos das regiões da Europa onde
haviam protestantes, mas é em especial com a expulsão dos jesuítas
em 1759 que a concepção filosófico-teológica de considerar outros
grupos religiosos, diferentes do catolicismo como infiéis, se
modifica. No século XIX o quadro da intolerância religiosa não se
modifica muito e, com a chegada da República, surgem as ideias
iluministas de liberdades e junto a esta, a liberdade de culto ao
qual era defendida como liberdade de consciência. Os protestantes
eram vistos como um corpo estranho, isto é, como ministros do erro.
É neste período, e com ideias advindas do século XVIII, que o
protestantismo encontra condições políticas favoráveis para sua
permanência no império e no início da República. Nos anos 30 do
século XX a Igreja Católica tenta uma reaproximação com o Estado
e os principais alvos a combater eram o protestantismo, o espiritismo
e a maçonaria. A Igreja Católica cria o Secretariado Nacional para
a defesa da fé (SNDF) e mantém uma relação conflituosa com as
outras manifestações religiosas.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote10sym" name="sdfootnote10anc"><sup>10</sup></a>
Com relação a produção de documentos referentes a esta época não
havia uma preocupação acadêmica, a preocupação era de defender a
sua denominação religiosa, tanto do protestantismo quanto do
catolicismo.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote11sym" name="sdfootnote11anc"><sup>11</sup></a></div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Este pequeno esboço histórico dá a ideia dos embates entre o
catolicismo e o protestantismo no Brasil tanto para que o catolicismo
continuasse com o poder, fato que não ocorreu devido às constantes
crises ocorridas entre o estado e a igreja nos períodos a partir do
século XVIII. Já o protestantismo, com o advento das liberdades
religiosas, ganha mais espaço, ao que o catolicismo reagiu
duramente.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote12sym" name="sdfootnote12anc"><sup>12</sup></a>
Estes focos de intolerância religiosa não deslancharam para uma
violência física, pelo menos a nível institucional. Pretendia-se
desqualificar, agredir de forma escrita, negando seus direitos às
liberdades.
</div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Tem-se que se considerar os diversos casos existentes de protestantes
que teriam sido atacados por grupos de católicos ou impedidos de
realizar seus cultos:</div>
<ul>
<li><div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
José Manuel da Silva Vianna, membro da Igreja Evangélica em
Pernambuco, foi interrompido pelo subdelegado de polícia e com
palavrões mandou encerrar a reunião que ocorria em Recife, em
março de 1873. Mesmo com apelos às autoridades sobre a ilegalidade
de proibir o culto, passaram alguns meses sem ser permitidas as
reuniões;
</div>
</li>
<li><div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
No dia 19 de outubro de 1873 na cidade do Recife, ao celebrar um
casamento o Pastor Kalley informa que o subdelegado, tendo sido
avisado da reunião, acusou de pecado por ter realizado não um
casamento, mas um ato de prostituição. Ele não sabia, ou não
quis saber ou acreditar que o Império autoriza casamento acatólico.
Saíram e na praça seguidos por uma multidão de pessoas que
gritavam fazendo gestos ameaçadores, foram lançados tijolos,
pedras e lama, e um grupo de cerca de 500 pessoas faziam zombaria
assobiavam e atiravam pedras, terra etc.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote13sym" name="sdfootnote13anc"><sup>13</sup></a></div>
</li>
</ul>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<i>Drogas e a religião</i></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
As drogas com substâncias psicotrópicas são utilizadas no contexto
religioso desde a antiguidade. Os Maias usavam uma espécie de contas
dos colares do sacerdote, fabricados com cogumelo, em que os jovens
engoliam em uma cerimônia litúrgica e entravam em transe. Nestes
casos as drogas são usadas como forma de aperfeiçoar a
espiritualidade.</div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
O Santo Daime, religião de cunho cristão fundada na década de
1960, usa um chá alucinógeno durante suas cerimônias. Este chá,
denominado Ayahuasca, é feito a partir da mistura de um cipó
chamado jagube e da folha rainha, ambos plantas nativas da Amazônia.
No contexto religioso do Santo Daime não se verifica nenhuma
alteração no comportamento dos participantes do ritual, fato
confirmado por Antropólogos, o Ministério da Justiça, a Polícia
Federal e o Exército do Brasil ao averiguar o fenômeno em 1982.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote14sym" name="sdfootnote14anc"><sup>14</sup></a></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
A Igreja Americana Nativa usa em seu cerimonial um cacto enteógeno
chamado Peyote, a qual foi organizada em 1880 em Oklahoma (EUA) e
possui elementos do cristianismo e dos nativos norte- americanos.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote15sym" name="sdfootnote15anc"><sup>15</sup></a>
</div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Em diversas formas de xamanismo o tabaco é usado em cerimônias. Nos
rituais de pajelança de muitos povos indígenas da América do Sul
os pajés o utilizam como um dos elementos para entrar em transe.
Entre os Macuxi, o <i>Piasan</i> (Pajé) usa o tabaco com a função
de defumar contra os maus espíritos e para fazer o xamã ter visões.
Pode ser usado o tabaco misturado com a casca da árvore
casca-preciosa para o fumo, ou ainda podendo ser preparada uma bebida
juntos.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote16sym" name="sdfootnote16anc"><sup>16</sup></a></div>
<div align="justify" style="font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
Tradicionalmente, ao longo da história os xamãs usam substâncias
psicotrópicas para alterar seus estados de consciência com os
objetivos de premonição, entrar em contato com as forças
espirituais e para obter manifestação do mundo espiritual. A ideia
é de que supostamente houvesse poderes curativos dessas plantas
sagradas, muito mais do ponto de vista místico do que químico.<a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote17sym" name="sdfootnote17anc"><sup>17</sup></a></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<b>Referências</b></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;">CASTRO,
Jorge Abrahão de. AQUINO, Luseni Maria C. de. ANDRADE, Carla Coelho
de. <b>Juventude e políticas sociais no Brasil</b>, Brasília: Ipea,
2009.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;"><b>DROGAS
e religião</b>: essa mistura é justificável? Disponível em:
<http://blog.maisestudo.com.br/drogas-e-religiao>, Acesso em 10
ago 2014.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;">EVERY-CLAYTON.
Joyce Elizabeth Winifred. A inserção do protestantismo no nordeste.
<i>In</i>: VASCONCELOS, Sylvana Maria Brandão de (Org.). <b>História
das religiões no Brasil</b>. Recife: Ed. Universitária da UFPE,
2001. [v. 5 – cap. 13].</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;">FERREIRA,
Helder, et. all. Juventude e políticas de segurança pública no
Brasil. In: CASTRO, Jorge Abrahão de. AQUINO, Luseni Maria C. de.
ANDRADE, Carla Coelho de. <b>Juventude e políticas sociais no
Brasil</b>, Brasília: Ipea, 2009.</span></div>
<div class="sdfootnote" style="margin-left: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;">GUALBERTO,
Marcio Alexandre M. Mapa da intolerância religiosa: 2011. <b>Violação
do direito ao culto no Brasil</b>. Multiplike, Tecnologia, Informação
e comunicação, 2011.</span></div>
<div class="sdfootnote" style="margin-left: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;">SANTOS,
Marcel de Lima. <b>Xamanismo</b>: a palavra que cura. São Paulo:
Paulinas, 2007.</span></div>
<div class="sdfootnote" style="margin-left: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;">SILVA,
Clemildo Anacleto da. RIBEIRO, Mario Bueno. <b>Intolerância
religiosa e direitos humanos</b>. Porto Alegre: Sulina; Editora
Universitária Metodista, 2007.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;">VASCONCELOS,
Sylvana Maria Brandão de (Org.). </span><span style="font-size: x-small;"><b>História
das religiões no Brasil</b></span><span style="font-size: x-small;">.
Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2001. v. 5.</span></div>
<div id="sdfootnote1">
<div align="justify" class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote1anc" name="sdfootnote1sym">1</a>FERREIRA,
Helder, et. all. Juventude e políticas de segurança pública no
Brasil. In: CASTRO, Jorge Abrahão de. AQUINO, Luseni Maria C. de.
ANDRADE, Carla Coelho de. Juventude e políticas sociais no Brasil,
Brasília: Ipea, 2009, p. 194 ss.</div>
</div>
<div id="sdfootnote2">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote2anc" name="sdfootnote2sym">2</a>Idem.</div>
</div>
<div id="sdfootnote3">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote3anc" name="sdfootnote3sym">3</a>Idem.</div>
</div>
<div id="sdfootnote4">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote4anc" name="sdfootnote4sym">4</a>GUALBERTO,
Marcio Alexandre M. Mapa da intolerância religiosa: 2011. Violação
do direito ao culto no Brasil. Multiplike, Tecnologia, Informação
e comunicação, 2011.
</div>
</div>
<div id="sdfootnote5">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote5anc" name="sdfootnote5sym">5</a>Idem.</div>
</div>
<div id="sdfootnote6">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote6anc" name="sdfootnote6sym">6</a>GUALBERTO,
Marcio Alexandre M. Mapa da intolerância religiosa: 2011. Violação
do direito ao culto no Brasil. Multiplike, Tecnologia, Informação
e comunicação, 2011.</div>
</div>
<div id="sdfootnote7">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote7anc" name="sdfootnote7sym">7</a>SILVA,
Clemildo Anacleto da. RIBEIRO, Mario Bueno. Intolerância religiosa
e direitos humanos. Porto Alegre: Sulina; Editora Universitária
Metodista, 2007, p. 9.</div>
</div>
<div id="sdfootnote8">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote8anc" name="sdfootnote8sym">8</a>Idem.</div>
</div>
<div id="sdfootnote9">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote9anc" name="sdfootnote9sym">9</a>Idem,
p. 10.</div>
</div>
<div id="sdfootnote10">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote10anc" name="sdfootnote10sym">10</a>Idem,
p. 73.</div>
</div>
<div id="sdfootnote11">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote11anc" name="sdfootnote11sym">11</a>Idem,
p. 74. Há uma lista de obras em que o autor cita e informa serem
polêmicas e outra de obras de cunho acadêmico, tanto do lado
protestante quanto do católico.</div>
</div>
<div id="sdfootnote12">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote12anc" name="sdfootnote12sym">12</a>Idem,
p. 76.</div>
</div>
<div id="sdfootnote13">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote13anc" name="sdfootnote13sym">13</a>EVERY-CLAYTON.
Joyce Elizabeth Winifred. A inserção do protestantismo no
nordeste. In: VASCONCELOS, Sylvana Maria Brandão de (Org.).
História das religiões no Brasil. Recife: Ed. Universitária da
UFPE, 2001. [v. 5 – cap. 13], p. 443, <i>passim</i>.</div>
</div>
<div id="sdfootnote14">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote14anc" name="sdfootnote14sym">14</a>Drogas
e religião: essa mistura é justificável? Disponível em:
<<a href="http://blog.maisestudo.com.br/drogas-e-religiao">http://blog.maisestudo.com.br/drogas-e-religiao</a>>,
Acesso em 10 ago 2014.</div>
</div>
<div id="sdfootnote15">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote15anc" name="sdfootnote15sym">15</a>Ibidem.</div>
</div>
<div id="sdfootnote16">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote16anc" name="sdfootnote16sym">16</a>DINIZ,
Edson. Xamanismo Macuxi. In: Jounal de la Société des
Americanistes. Tome 60, 1971. pp. 65-73.</div>
</div>
<div id="sdfootnote17">
<div class="sdfootnote">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote17anc" name="sdfootnote17sym">17</a>SANTOS,
Marcel de Lima. Xamanismo: a palavra que cura. São Paulo: Paulinas,
2007.</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-23574266112000589712014-10-02T18:00:00.003-04:002014-10-02T18:00:57.131-04:00Mestrado - UFRRA Universidade Federal de Roraima (UFRR) por meio do Núcleo de Estudos
Comparados da Amazônia e do Caribe (Necar) e do Programa de
Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Amazônia (PPG-DRA) divulga o
edital de seleção para o curso de Mestrado em Desenvolvimento Regional
da Amazônia. As inscrições iniciam dia 6 de outubro e encerram no dia 31
de novembro de 2014.<br />
Mais detalhes:<br />
<a href="http://ufrr.br/ppgdra/index.php/291-necar-ppg-dra-divulga-edital-para-selecao-de-mestrado-2014" target="_blank">http://ufrr.br/ppgdra/index.php/291-necar-ppg-dra-divulga-edital-para-selecao-de-mestrado-2014 </a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-51176334479114586082014-09-30T17:41:00.003-04:002014-09-30T17:41:53.497-04:00Formação de outubro
<style type="text/css">p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120%; }a:link { }</style>
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Avisamos que o
encontro de formação continuada está confirmado:<br />Data:
02/10/2014, quinta-feria.<br />LOCAL: Auditório da Secretaria de
Educação (antigo CEIA).</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.5cm;">
Tema: Política,
violência e drogas no contexto religioso.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.5cm;">
A coordenção</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-90699673830140500072014-09-16T11:37:00.003-04:002014-09-16T11:37:43.384-04:00Mestrado e Doutorado de GoiásA PUC de Goiás abre inscrições para os cursos de Mestrado e Doutorado na área de Ciências da Religião. clique abaixo para ver o edital.<br />
<a href="http://www.cpgss.ucg.br/home/secao.asp?id_secao=4386&id_unidade=7" target="_blank">Edital-mestrado-doutorado-PUC-GO</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-44219927743951243492014-09-15T18:30:00.004-04:002014-09-15T18:30:58.988-04:00Inscrições MestradoEstão abertas as inscrições para o curso de Mestrado em diversas áreas pela UERR. As áreas são Educação, ciência e agroecologia.<br />
<a href="http://www.uerr.edu.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3141:2014-09-12-16-58-51&catid=1:timas" target="_blank">Neste endereço está disponível o edital</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-78034748864975783732014-09-06T15:27:00.001-04:002014-09-06T15:28:27.675-04:00Postagem dos textosPara a postagem do texto clique no link Postagens - Textos, abaixo de Página inicial, do lado direito.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-83876105107957091402014-08-12T14:42:00.001-04:002014-09-04T14:00:48.696-04:00Informações sobre inscriçõesInformações acercar da Formação Continuada:<br />
Para saber sobre outros cursos do CEFORR <a href="http://ceforrroraima.blogspot.com.br/" target="_blank">clique aqui</a> <br />
<style type="text/css">td p { margin-bottom: 0cm; }p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120%; }a:link { }</style>
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<table cellpadding="4" cellspacing="0" style="width: 100%px;">
<colgroup><col width="256*"></col>
</colgroup><tbody>
<tr>
<td style="border: 1px solid #000000; padding: 0.1cm;" valign="top" width="100%"><div align="center">
<span style="font-size: large;">CURSOS –
CEFORR</span></div>
<div align="center">
<br /></div>
<div align="center">
<span style="font-size: large;">INSCRIÇÕES
ABERTAS:</span></div>
<div align="center">
<br /></div>
<div align="center">
<span style="font-size: large;">11 DE AGOSTO
A 01 DE OUTUBRO</span></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<table cellpadding="4" cellspacing="0" style="width: 100%px;">
<colgroup><col width="256*"></col>
</colgroup><tbody>
<tr>
<td style="border: 1px solid #000000; padding: 0.1cm;" valign="top" width="100%"><div align="center">
<b>FORMAÇÃO CONTINUADA PARA O ENSINO RELIGIOSO</b></div>
<table cellpadding="4" cellspacing="0" style="width: 100%px;">
<colgroup><col width="100*"></col>
<col width="55*"></col>
<col width="53*"></col>
<col width="47*"></col>
</colgroup><tbody>
<tr valign="top">
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: 1px solid #000000; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0.1cm;" width="39%"><span style="font-size: x-small;">TEMA DO ENCONTRO</span></td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: 1px solid #000000; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0.1cm;" width="21%"><span style="font-size: x-small;">NÚMERO DE ENCONTROS</span></td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: 1px solid #000000; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0.1cm;" width="21%"><span style="font-size: x-small;">CARGA HORÁRIA</span></td>
<td style="border: 1px solid #000000; padding: 0.1cm;" width="18%"><span style="font-size: x-small;">DATA DE REALIZAÇÃO</span></td>
</tr>
<tr valign="top">
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="39%"><span style="font-size: x-small;">RELIGIÕES ORIENTAIS
NO BRASIL</span></td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="21%"><span style="font-size: x-small;">01</span></td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="21%"><span style="font-size: x-small;">4h</span></td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: 1px solid #000000; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0.1cm; padding-top: 0cm;" width="18%"><span style="font-size: x-small;">07/08/2014</span></td>
</tr>
<tr valign="top">
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="39%"><span style="font-size: x-small;">O SINCRETISMO DAS
RELIGIÕES</span></td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="21%"><span style="font-size: x-small;">01</span></td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="21%"><span style="font-size: x-small;">4h</span></td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: 1px solid #000000; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0.1cm; padding-top: 0cm;" width="18%"><span style="font-size: x-small;">04/09/2014</span></td>
</tr>
<tr valign="top">
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="39%"><span style="font-size: x-small;">POLÍTICA VIOLÊNCIA
E DROGAS NO CONTEXTO RELIGIOSO</span></td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="21%"><span style="font-size: x-small;">01</span></td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="21%"><span style="font-size: x-small;">4h</span></td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: 1px solid #000000; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0.1cm; padding-top: 0cm;" width="18%"><span style="font-size: x-small;">02/10/2014</span></td>
</tr>
<tr valign="top">
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="39%"><span style="font-size: x-small;">A RELIGIOSIDADE NA
PÓS-MODERNIDADE</span></td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="21%"><span style="font-size: x-small;">01</span></td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="21%"><span style="font-size: x-small;">4h</span></td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: 1px solid #000000; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0.1cm; padding-top: 0cm;" width="18%"><span style="font-size: x-small;">06/11/2014</span></td>
</tr>
<tr valign="top">
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="39%"><span style="font-size: x-small;">ESPIRITUALIDADE</span></td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="21%"><span style="font-size: x-small;">01</span></td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: none; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="21%"><span style="font-size: x-small;">4h</span></td>
<td style="border-bottom: 1px solid #000000; border-left: 1px solid #000000; border-right: 1px solid #000000; border-top: none; padding-bottom: 0.1cm; padding-left: 0.1cm; padding-right: 0.1cm; padding-top: 0cm;" width="18%"><span style="font-size: x-small;">04/12/2014</span></td>
</tr>
</tbody></table>
<br />
<br /></td>
</tr>
</tbody></table>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<table cellpadding="4" cellspacing="0" style="width: 100%px;">
<colgroup><col width="256*"></col>
</colgroup><tbody>
<tr>
<td style="border: 1px solid #000000; padding: 0.1cm;" valign="top" width="100%"><ul>
<li>Carga horária no semestre: 20h presencial, 40h a distância;</li>
<li>Carga horária por encontro: 4h presenciais e 10h a distância<br />
</li>
<li>Público alvo: Professores da rede pública de ensino<br />
</li>
<li>Início das atividades: 07/08/2014<br />
</li>
<li>Horário: 08h as 12h<br />
</li>
<li>Local: Auditório da Secretaria de Educação (Antigo
CEIA) - Rua Barão do Rio Branco, 1495, Centro.<br />
</li>
</ul>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<table cellpadding="4" cellspacing="0" style="width: 100%px;">
<colgroup><col width="256*"></col>
</colgroup><tbody>
<tr>
<td style="border: 1px solid #000000; padding: 0.1cm;" valign="top" width="100%">INCRIÇÕES:<br />
<ul>
<li>Local de inscrição: Secretaria acadêmica do CEFORR.<br />
</li>
<li>Período de inscrição: 11 AGOSTO A 01 DE OUTUBRO.<br />
</li>
<li>Documentos necessários: 1 foto 3x4, cópia CPF,
Identidade, Cópia do contracheque.<br />
</li>
</ul>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<table cellpadding="4" cellspacing="0" style="width: 100%px;">
<colgroup><col width="256*"></col>
</colgroup><tbody>
<tr>
<td style="border: 1px solid #000000; padding: 0.1cm;" valign="top" width="100%">INFORMAÇÕES:<br />
<ul>
<li>Coordenação do Ensino Religioso ou Gerência de Formação
em Ciências, Gestão e Tecno logia Educacionais – CIGETEC –
Fone 3621-3555.<br />
</li>
<li>Secretaria Acadêmica do CEFORR – Fone: 3621-3002.<br />
</li>
<li>Emails: Coordenação do Ensino Religioso:
ensinoreligiosoderoraima@gmail.com / CEFORR –
ceforr.secd.rr@gmail.com/ CIGETEC – cigetecrr@gmail.com.
<br />
</li>
</ul>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: x-small;">RELEASE</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="center" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<b>CEFORR
ABRE INSCRIÇÕES PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA DO ENSINO RELIGIOSO
RORAIMA</b></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
O
Centro Estadual de Formação dos Profissionais da Educação de
Roraima – CEFORR/SEED estará com as inscrições ab<span style="font-size: small;">ertas
de 11 AGOSTO A 5 DE OUTUBRO de 2014, para a FORMAÇÃO CONTINUADA DO
ENSINO RELIGIOSO DE RORAIMA.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="font-weight: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><u>OBJETIVO:</u></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-size: small;">Proporcionar informações
referentes ao Ensino Religioso no Brasil </span><span style="font-size: small;">e
no mundo</span><span style="font-size: small;">, bem como os
aspectos pedagógicos e legislativos de como se pode atuar em sala de
aula, fundamentados nas concepções do diálogo e do conhecimento do
fenômeno religioso na pluralidade das religiões.</span></div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><u>INSCRIÇÃO:</u></span></div>
<ul>
<li><div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;">Local: </span><span style="font-size: small;">Secretaria
Acadêmica do CEFORR.</span></div>
</li>
<li><div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;">Período: </span><span style="font-size: small;">11
AGOSTO A 01 DE OUTUBRO</span></div>
</li>
<li><div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;">D</span><span style="font-size: small;">ocumentos
necessários: 1 foto 3x4, cópia do RG e CPF.</span></div>
</li>
</ul>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><u>FORMAÇÃO:</u></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<ul>
<li><div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;">Início da formação –
Conforme cronograma anexo.</span></div>
</li>
<li><div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;">Horário: Matutino –
Cronograma.</span></div>
</li>
<li><div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;">Local: </span><span style="font-size: small;">Local:
Auditório da Secretaria de Educação (Antigo CEIA) - </span><span style="font-size: small;">
Rua Barão do Rio Branco, 1495, Centro.</span></div>
</li>
</ul>
<div align="justify" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<u><b><span style="font-size: small;">I</span><span style="font-size: small;">NFORMAÇÕES:</span></b></u></div>
<ul>
<li><div align="justify" style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;">Gerência de Formação em
Ciências e Tecnologias Educacionais – CIGETEC – Fone 3621-3555.</span></div>
</li>
<li><div align="justify" style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;">Secretaria Acadêmica do
CEFORR. Fone 3621-3002.</span></div>
</li>
<li><div align="justify" style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;">Email: Ensino Religioso:
<a href="mailto:ensinoreligiosoderoraima@gmail.com">ensinoreligiosoderoraima@gmail.com</a></span></div>
</li>
<li><div align="justify" style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;">CIGETEC –
<a href="mailto:cigetecrr@gmail.com">cigetecrr@gmail.com</a></span></div>
</li>
<li><div align="justify" style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;">CEFORR –
<a href="mailto:ceforr.secd.rr@gmail.com">ceforr.secd.rr@gmail.com</a></span></div>
</li>
</ul>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-36906718763037645942014-07-28T21:50:00.001-04:002014-07-29T12:30:55.177-04:00Formação - AgostoLembramos que a nossa formação ocorrerá no dia<b> 07 de agosto,</b> 1ª quinta-feira do mês. Ocorreu um erro no calendário, portanto, peço que corrijam aí esse dia. Teremos o tema sobre as Religiões Orientais. O local para o encontro também mudará. O<b> Endereço é na atual sede da Secretaria de Educação, o antigo CEIA: Rua Barão do Rio Branco, 1495, Centro. O encontro ocorrerá apenas no horário da manhã.</b><br />
Coordenação do Ensino ReligiosoUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-65371879385230026312014-07-22T16:40:00.002-04:002014-07-22T16:42:23.131-04:00Seminário do FONAPER<h2>
Apresentação</h2>
O
Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso/FONAPER, buscando dar
continuidade ao seu objetivo de acompanhar, organizar e subsidiar o
esforço de professores, associações e pesquisadores na efetivação do
Ensino Religioso na Educação Básica, vem promovendo, historicamente, em
anos alternados, seminários nacionais de formação de professores em
Ensino Religioso (anos pares) e congressos nacionais de Ensino Religioso
(anos ímpares), em parceria com instituições de ensino superior e
sistemas de ensino.<br />
<a href="http://www.fonaper.com.br/xiiisefoper/" target="_blank">Ler mais ..... </a><br />
<br />
<img alt="http://www.fonaper.com.br/xiiisefoper/img/cartaz_g.jpg" class="shrinkToFit decoded" src="http://www.fonaper.com.br/xiiisefoper/img/cartaz_g.jpg" height="225" width="320" /> Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-8292253814345067052014-06-12T11:39:00.001-04:002014-06-12T11:39:35.600-04:00Apresentação - Pentecostalismo e NeopentecostalismoDisponibilizo a apresentação do dia 05 de junho de 2014. Aproveitamos para avisar que o próximo encontro de formação será realizado apenas no dia 06 de agosto.<br />
<a href="http://www.4shared.com/office/sIZh-J_2ce/Pent-neopentecost.html" target="_blank">O pentecostalismo e o neopentecostalismo</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-37907032180524919532014-06-12T11:25:00.000-04:002014-06-12T11:25:46.244-04:00O pentecostalismo e o neopentecostalismo
<style type="text/css">P.sdfootnote-western { margin-left: 0.6cm; text-indent: -0.6cm; margin-bottom: 0cm; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt; line-height: 100%; }P.sdfootnote-cjk { margin-left: 0.6cm; text-indent: -0.6cm; margin-bottom: 0cm; font-family: "Droid Sans Fallback"; font-size: 10pt; line-height: 100%; }P.sdfootnote-ctl { margin-left: 0.6cm; text-indent: -0.6cm; margin-bottom: 0cm; font-family: "FreeSans"; font-size: 10pt; line-height: 100%; }P { margin-bottom: 0.25cm; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 0); line-height: 120%; }P.western { font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; }P.cjk { font-family: "Droid Sans Fallback"; font-size: 12pt; }P.ctl { font-family: "FreeSans"; font-size: 12pt; }A:link { }A.sdfootnoteanc { font-size: 57%; }</style>
<br />
<div align="CENTER" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="RIGHT" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;">Me. Manoel Gomes
Rabelo Filho</span></span></div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><b>Introdução</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">O pentecostalismo refere-se a um
movimento do início do século XX que cultivou o batismo no Espírito
Santo, sendo que esse é caracterizado pela glossolalia, vista como
uma evidência da ocorrência desse batismo. Durante a história os
pentecostais deram ênfase ao trabalho missionário, ao ensino
fundamentado no batismo do Espírito afim de conceder aos fieis o
poder de evangelizar. Há uma crença na doutrina dos dons
carismáticos a qual possui crença na profecia e no discernimento.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Os propósitos dos pentecostais
foram sendo cultivados aos poucos a partir do XIX. Envolvidos em
diversas formas de reestruturar as igrejas, alguns protestantes
fortaleceram suas denominações com diversas formas avivamentos.
Estes se caracterizavam pelo envolvimento direto do fieis na
constante conversão e na tentativa de deixar as suas vidas serem
arrebatadas e modificarem suas condutas e costumes.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">O neopentecostalismo, acrescido
às características do pentecostalismo, crê nos milagres das curas,
associados ao dom divino da cura, na possessão de espíritos, em
geral associados a demônios e aos pecados dos fieis, que são
afastados durante os ritos específicos para isto e na ideia de
prosperidade. Os dons carismáticos cultivados por essas igrejas
diminuiu o ascetismo, dando maior valor a um pragmatismo.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><b>Os precursores do
Pentecostalismo</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Os cristãos estimularam o
diálogo entre as tendências de dar importância às doutrinas
corretas e cultivar a devoção do coração. Ainda que Lutero desse
um equilíbrio para as duas coisas, “alguns seguidores não
conseguiram manter o equilíbrio que ele preconizou”.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote1sym" name="sdfootnote1anc"><sup>1</sup></a></span></sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
A Igreja Luterana do século XVII na Alemanha construiu uma teologia
sistemática própria dando ênfase à liturgia do catolicismo
romano. Havia um debate dogmático sobre temas obscuros, tornando-se
muitas vezes estéreis. A Igreja reformada de Calvino defendia um
modo de viver particular da vida cristão. A constituição
presbiteriana abre aos fieis maior participação eclesial. Houve
quem defendesse um cristianismo prático e devocional como Jakob
Böhme e Johann Arndt. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Já Philipp Jakob Spener
(1635-1705) defende uma reforma religiosa e moral no luteranismo e
via que a rígida ortodoxia luterana sacrificava a verdadeira vida
cristã. Spener desenvolveu um tipo de pietismo com promoções de
reuniões em sua casa, com pregações de sermões e a interpretação
de trechos Novo Testamento. Seus propósitos para revivificar a
igreja eram: “formar grupo de estudos da Bíblia; envolver os
leigos no governo da igreja; dar importância à vida cristã
prática; ouvir com mais simpatia os heterodoxos e os infiéis;
promover a vida devocional nas faculdades de teologia; e pregar
sermões que alimentassem a alma de dessem frutos de mudança de
vida, em vez de reduzir a uma elaborada retórica.”</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote2sym" name="sdfootnote2anc"><sup>2</sup></a></span></sup></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">A influência de Spener em
Leipzig (Alemanha) fez fundar a Universidade de Halle. Os professores
acreditavam num cristianismo de mudança interior e de santidade. Os
luteranos ortodoxos consideravam esta posição simplista e viam “a
necessidade de uma igreja institucional com fundamentos teológicos
sólidos”.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote3sym" name="sdfootnote3anc"><sup>3</sup></a></span></sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
Com Augusto Hermman (1663-1727), após a morte de Spener, o pietismo
com o tom prático do cristianismo cria um orfanato em Halle.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Uma igreja especificamente
pietista só surge em 1722, em Herrnhut (Saxônia) com o conde Ludwig
von Zinzendorf. Era uma comunidade denominada de Irmãos Morávios
que realizaram missões na Europa e no ultramar.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">A visão de Spener faz o
cristianismo entender que deveria haver uma separação do mundo para
ter novo nascimento. Neste renascimento incluía-se o arrependimento,
o fato de somente os renascidos ensinassem e o afastamento da dança
e do teatro. Há nesse sentido um individualismo que prepara para o
pensamento secular do iluminismo. Suas influências contribuem para a
retomada dos estudos bíblicos na Alemanha e para a visão de uma
religião que recuperasse os assuntos do coração na vida cotidiana,
fortalecendo papel dos leigos na Igreja. É da tradição pietista as
missões, a evangelização e a ação social cristã.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">O pietismo fez surgir a Igreja
evangélica da União na Prússia, em 1817. O rei da Prússia
decretou que “as igrejas luterana e reformada da Prússia se
unissem sob o nome de 'evangélica' (ou seja, 'protestante').”</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote4sym" name="sdfootnote4anc"><sup>4</sup></a></span></sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
Esse movimento se espalhou pela Alemanha no começo do século XIX.
Não havia exigência teológica confessional e possibilitou a união
de igrejas. Os luteranos se separam do movimento e emigram para
diversos países – Estados Unidos e Austrália.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Em John Wesley, o pietismo
exerceu influência, dando início ao movimento metodista na
Inglaterra do Século XVIII. Aos modernos metodistas americanos e o
movimento de santidade aceitam a doutrina de Spencer e dos Irmãos
Morávios. O pietismo de Alexander Mack (1679-1735) fez funda na
Alemanha os nebatistas ou Movimento dos Irmãos, conhecidos como
Igreja da Irmandade.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">O Metodismo surge a partir do
zelo evangélico na Igreja da Inglaterra. John Wesley pregava sermões
com grandes públicos. Charles Wesley, irmão de John contribui para
o metodismo com a produção de hinos, num ambiente em que a Igreja
Anglicana só cantava os salmos. Houve uma divisão em “sociedades”
metodistas independentes para que o governo da igreja pudesse se
autossustentar. Embora havendo a divisão, havia uma organização
central, denominada Conexão, que se reunião anualmente. Diversos
cismas e avivamentos fizeram surgir diversas igrejas que se
denominavam metodista. Para se diferenciar destas a Igreja Metodista
original passou a ser chamada de Igreja metodistas wesleliana. Ocorre
o fortalecimento do Metodismo no País de Gales e na Cornualha. E em
1932 várias correntes do metodismo britânico se unem e forma a
Igreja metodista da Grã-bretanha. O movimento wesleyano influenciou
na produção de um estilo popular na pregação evangélica e no uso
de hinos no culto.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote5sym" name="sdfootnote5anc"><sup>5</sup></a></span></sup></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">O primeiro despertar, um processo
de avivamento evangélico, ocorre nas colônias inglesas da América
do Norte, cerca de 1726-70. O início se deu “na igreja reformada
holandesa e foi assumido pelos presbiterianos e
congregacionalistas”.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote6sym" name="sdfootnote6anc"><sup>6</sup></a></span></sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
Influenciados por Jonathan Edwards, os avivamentos começaram na Nova
Inglaterra (Estados Unidos). Georg Whitefield (1740-70), amigo de
Wesley, despertou avivamentos, em 1730, nas regiões litorâneas dos
Estados Unidos. Ele “pregava num estilo novo, dramático,
idiossincrático e emocional”.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote7sym" name="sdfootnote7anc"><sup>7</sup></a></span></sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
A partir desse tipo de sermão e da forma prática com que os fieis
viviam sua fé, “inspirou vida nova na religião”.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote8sym" name="sdfootnote8anc"><sup>8</sup></a></span></sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
Houve um envolvimento emocional maior, e os sermões de estilo
influenciaram no estudo da Bíblia em casa. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Na Nova Inglaterra o avivamento
tomou proporções monumentais. Isto afetou todas as denominações,
mas havia grupos que aceitavam esse tipo de pregação e os que a ela
se opunham. Edward foi afastado do púlpito e tornou-se missionário
entre os índios americanos. “No final, os favoráveis ao
avivamento (</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><i>revival</i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">)
venceram, e a noção de 'avivamento' continua sendo um dos elementos
principais da vida cristã norte-americana”.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote9sym" name="sdfootnote9anc"><sup>9</sup></a></span></sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">O Metodismo nos Estados Unidades
se desenvolveu a partir da consagração de Thomas Coke e Francis
Asbury por Wesley para a Igreja da América. Após a morte de Coke,
Asbory, que era defensor do episcopalismo, viu metodistas primitivos
e republicanos se separarem da Igreja episcopal metodista.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">O segundo despertar, ocorrido
entre 1787 e 1825 nos Estados Unidos, foi uma onda de avivamentos.
Isto inspirou um movimento de ativismo social. A Igreja Metodistas
fundou, então, diversas Universidades, como a de Boston. Em 1802 o
avivamento chega a Universidade de Yale por meio de Timothy Dwight.
Surge no metodismo o Movimento de Santidade e no Oeste Americano o
avivamento chega aos metodistas e batistas. Estima-se que um encontro
realizado em Cane Ridge tenha atraído cerca de 10 a 20 mil pessoas
por um período de seis dias. </span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote10sym" name="sdfootnote10anc"><sup>10</sup></a></span></sup></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">O terceiro despertar, ocorrido em
1858 em algumas cidades dos Estados Unidos entre os metodistas,
provocou a proliferação de instituições de ensino superior. Com a
guerra civil no Norte esse despertar foi interrompido, no entanto, no
Sul a guerra estimulou os avivamentos.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><b>Início do Pentecostalismo</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">O pentecostalismo ou renovação
carismática se caracteriza pela conversão de cristãos que
experimentam o batismo no Espírito Santo. Para os pentecostais isso
proporciona encontro direto com Deus. O que provaria isso seria a
glossolalia, o dom de falar em línguas as quais o falante
desconhece. O batismo no Espírito Santo, prometido a todos os
cristãos pela doutrina do evangelho pleno, prega um primeiro e um
segundo batismo.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Esse fenômeno teria ocorrido
primeiro a partir de 1901 numa escola bíblica em Topeka, Kansas nos
Estados Unidos. Outros movimentos britânicos influenciaram a
teologia carismática tais como o Movimento de Santidade. Esse
movimento nascido no século XIX, “talvez tenha sido o principal
precursor imediato do pentecostalismo”. </span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote11sym" name="sdfootnote11anc"><sup>11</sup></a></span></sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
O pentecostalismo figura a ideia de uma segunda bênção, na qual há
uma experiência de crise após a conversão. Essa ideia era de John
Wesley e que John Fletcher chamou de batismo no Espírito Santo, mas
que não estava associado ao dom das línguas. Edward Irving, da
igreja presbiteriana de Londres, comandou em 1831 uma experiência de
renovação carismática, na qual houve o fenômeno da profecia e da
glossolalia. Outro movimento denominado Vida Superior de Kesvick
(pequena cidade da Inglaterra), com data de 1875, ensinava “a
segunda bênção do poder espiritual para cumprir as obras cristãs.”
(p. 142)</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">O pentecostalismo americano,
nascido do Movimento de Santidade, teve um grande avivamento
originado em Nova York, em Nova Jérsei e Pensilvânia. Pregava-se a
doutrina da segunda bênção de santidade. Esse movimento surge em
1867 em Nova Jérsei atraindo multidões na qual acampavam milhares
de pessoas para a bênção. Teve crescimento nas igrejas metodistas
entre 1867 a 1880 e havia a “esperança de que se pudesse reavivar
a igreja cristã do mundo inteiro”.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote12sym" name="sdfootnote12anc"><sup>12</sup></a></span></sup></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Até 1880 havia apoio ao
movimento de santidade, mas havia diversas preocupações, entre elas
a tendência separatista de radicais que perderam a esperança em
mudar as igrejas, e outra tendência de radicais que pregavam a
ausência de pecado, códigos para vestimentas, e uma terceira bênção
baseada no batismo de fogo, a qual era seguida pela experiência de
santidade.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote13sym" name="sdfootnote13anc"><sup>13</sup></a></span></sup></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">As primeiras igrejas pentecostais
antes de 1901 foram a Igreja de Deus com Cristo (1897), a Igreja de
Santidade Pentecostal (1898), a Igreja de Deus (1906) e outras
denominações menores. Grande parte dos pentecostais crê que o
pentecostalismo surge com Charles Parham em Topeka e/ou com o
avivamento da rua Azusa, em Los Angeles, liderados por William J.
Seymour. Esses fenômenos “passaram a fazer parte de uma espécie
de mitologia pentecostal”. Mas isto derivou de fatos ocorridos
antes do século XX, foram “muitos incidentes aparentemente
isolados de pessoas falando em línguas e manifestando outros sinais
físicos dos poderes do Espírito Santo – dons, sinais, e milagres
– todos os quais parecem ter se juntado na rua Azusa”. </span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote14sym" name="sdfootnote14anc"><sup>14</sup></a></span></sup></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Os pentecostais no sentido
moderno surgem na Escola Bíblica Betel, em Topeka, Kansas (EUA -
1901), a partir um pregador do movimento de santidade Charles Parham
(1873-1929). Uma aluno chamada Agnes ozman recebeu o batismo no
Espírito Santo e falou em línguas. Dias depois ocorreu com outros
alunos da escola e até com Parham. O Pastor ensinava que “o dom
das línguas era uma 'prova bíblica' do batismo no Espírito Santo e
um dom sobrenatural concedido para colaborar com a evangelização do
mundo”. Para isto não havia mais necessidade de se estudar línguas
estrangeiras, pois por milagre os missionários seriam capazes de
pregar em línguas. Muitos acreditaram que esse movimento seria o
segundo pentecostes. </span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote15sym" name="sdfootnote15anc"><sup>15</sup></a></span></sup></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Em 1906 o pentecostalismo chamou
atenção com o avivamento da rua Azusa, Los Angeles. Um pregador
negro William Joseph Seymour (1870-1922) começou a realizar reuniões
que culminou com três cultos por dia durante três anos, nos quais
“milhares de pessoas afirmaram ter recebido o dom das línguas e o
batismo no Espírito Santo”.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote16sym" name="sdfootnote16anc"><sup>16</sup></a></span></sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
Havia oposição ao racismo e ao segregacionismo da época. Nas
reuniões realizadas eles dançavam, pulavam e jogavam-se no chão,
“entravam em transe, 'caíam no espírito', falavam em línguas,
tinham espasmos, convulsões e manifestações de histeria, emitiam
ruídos estranhos e recebia a 'unção do riso'.” Considerava-se
inacreditável ver um culto prestado a Deus sendo liderado por um
pastor negro. A rua Azusa fundia elementos do cristianismo de
santidade com tradições da cultura afro-americanas. “Os serviços
tinham música negra, gritos, dança, falação em línguas, criando
uma nova forma de pentecostalismo que viria a atrair muitas pessoas
pobres e marginalizadas nos Estados Unidos e pelo mundo afora”.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote17sym" name="sdfootnote17anc"><sup>17</sup></a></span></sup></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Surgem muitas denominações
pentecostais a partir do Movimento de Santidade, entre elas a Igreja
de Santidade Pentecostal, a Igreja de Santidade do Batismo de fogo e
a Igreja batista do livre-arbítrio pentecostal. Chales Harrison
Mason (1866-1961) leva a experiência das línguas para a Igreja de
Deus com Cristo no Tennessee e cresce assustadoramente para 5 milhões
de membros e mais de 15 mil templos em 1993. William H. Durham
experimenta o fenômeno das línguas da rua Azusa e atrai muitas
pessoas para o movimento pentecostal, no qual funda as Assembleias de
Deus em 1914. Essa Igreja, com predomínio de brancos, introduz a
separação racial no movimento, tornando-se a confissão a maior
confissão pentecostal do mundo.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote18sym" name="sdfootnote18anc"><sup>18</sup></a></span></sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><b>O Pentecostalismo no Brasil</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Observa-se que as denominações
pentecostais clássicas que já possuem uma tradição, desde pelo
menos a um século, atingiu a classe média baixa rural e urbana de
diversos países. Essas denominações prezam pela autoridade da
escrita bíblica e temas como a tribulação, o milenarismo e a obra
do Espírito Santo.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">O pentecostalismo chega ao Brasil
através de dois imigrantes suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren em
1910. Esta vinda resultou na formação das Assembleias de Deus no
Brasil, a qual em 1993 chega a ter 15 milhões de membros.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote19sym" name="sdfootnote19anc"><sup>19</sup></a></span></sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Berg é considerado pastor e
Vingren um evangelista. Eles foram enviados ao Brasil pela Igreja
Batista de Chicago, nos Estados Unidos, através da aprovação do
movimento pentecostal como um doutrina verdadeira. Ao Chegarem em
Belém do Pará foram recebidos por pastores da Igreja Batista. Ao
iniciarem o ensino da doutrina do pentecoste na qual Gunnar Vingren
pregava o batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais, houve
uma divisão. Metade dos fieis aceitaram essa nova doutrina e a outra
metade resolveu permanecer na doutrina tradicional. Gunnar Vingren e
Berg foram expulsos junto com onze membros simpatizantes da nova
doutrina.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote20sym" name="sdfootnote20anc"><sup>20</sup></a></span></sup></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Vingren e Berg se dirigiram para
a casa de uma simpatizante chamada Celina, sendo considerada pela
Assembleia de Deus a primeira a ser Batizada no Espírito Santo. Com
o avanço dos trabalhos houve a necessidade de fundar um igreja o que
ocorreu em 18 de julho de 1911. Em 1924 Daniel Berg viaja para São
Paulo e divulga a doutrina pentecostal. Com desenvolvimento dos
trabalhos Berg se tornou o primeiro pastor da Assembleia de Deus de
São Paulo. Para Pernambuco foram enviados Joel Frans Adolf Carlson e
sua esposa Signe Carlson que fundaram a Assembleia de Deus em 24 de
outubro de 1918. Como obra social da Assembleia de Deus em Pernambuco
se destacou o orfanato Betel, na qual os fundadores da Igreja
observaram muitas crianças abandonadas na cidade do Recife. </span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote21sym" name="sdfootnote21anc"><sup>21</sup></a></span></sup></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><b>O Neopentecostalismo</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">A ação do neopentecostalismo
atinge, através de seu movimento carismático, a igreja católica e
as igrejas protestantes do subúrbios principalmente a partir da
década de 1960. Há prevalência referente à obra do Espírito
Santo num contexto diferente dos pentecostais tradicionais. Os
pentecostais reforçam o batismo no Espírito Santo e os dons de
falar em línguas como evidências, enquanto os neopentecostais
enfatizam os sinais e maravilhas do Espírito Santo, os dons da
profecia e da cura, em princípio pelas igrejas e organizações
independentes originadas a partir da 1980.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">O trabalho de missionários
pentecostais fizeram surgir igrejas das mais diversas denominações
no mundo inteiro. Esse movimento foi combatido pelas igrejas, mas
houve um crescimento rápido e muitas vezes tornando-se missões
independentes. Oral Roberts funda em 1951 a Associação de Homens de
Negócios do Evangelho Pleno, na qual se reaproxima do cristianismo
convencional, mas passa a converter os fieis em reuniões com
profissionais de sucesso e lideranças de outras igrejas. Nessas
reuniões a mensagem do movimento carismático fortalecia o
pentecostalismo tonando-o movimento internacional e
interdenominacional.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote22sym" name="sdfootnote22anc"><sup>22</sup></a></span></sup></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">No início de 1960, Dennis
Bennet, líder religioso da Igreja episcopal de São Marcos em Van
Nuys, Califórnia, funda o movimento neopentecostal protestante. Esse
movimento se espalha para muitas denominações do mundo inteiro. No
ano de 1962 é organizado por Du Plessis um encontro de carismáticos
rompendo com a tradição dos pentecostais. O movimento da Renovação
Carismática Católica, de 1967 na Pensilvânia (EUA), surge na
Universidade de DuQuesne e espalhou-se por toda a Igreja Católica.
Vários carismáticos de diversas denominações passam a pregar na
televisão. </span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote23sym" name="sdfootnote23anc"><sup>23</sup></a></span></sup></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Na Ásia o exemplo de maior
difusão do pentecostalismo é a Igreja do Evangelho Pleno de Yodo,
de David (Paul) Yonggi Cho, pastor das Assembleias de Deus em Seul,
Coreia, que se tornou a maior congregação do mundo com meio milhão
de membros. Na América Latina estima-se que entre 80 a 85 por cento
em 1987 fossem protestantes pentecostais de igrejas independentes
fundadas no próprio continente.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote24sym" name="sdfootnote24anc"><sup>24</sup></a></span></sup></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Um movimento iniciado em 1981 por
John Wimber, no Seminário Teológico de Fuller, em Los Angeles,
“afirmava ter o poder de fazer milagres para promover o
'crescimento da igreja'. No contexto surgiu a 'bênção de Toronto',
caracterizada por rompantes de gargalhadas irreprimíveis que no
Brasil receberam o nome de 'unção do riso'.” </span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote25sym" name="sdfootnote25anc"><sup>25</sup></a></span></sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">O neopentecostalismo relaciona a
ideia de carisma ou dons dados pelo Espírito Santo relatados nas
Cartas de Paulo. O exercício de dons do Espírito Santo proporciona
ao fiel os milagres de falar em línguas e da cura, desde que ele
tenha realizado o batismo no Espírito Santo a partir de sua
conversão. O Carismático no sentido dado por esse movimento é
aquele que se sente parte da igreja e realiza os dons cultivados.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Se faz necessário observar que
este movimento se tornou um fenômeno interdenominacional,
influenciando quase todos os ramos do cristianismo. Seu crescimento
em ritmo explosivo chega a maioria das denominações religiosas de
matriz cristã, embora havendo diferenças de doutrinas entre elas.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><b>O Neopentecostalismo no Brasil</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">A partir da década de 1970,
identificada como a terceira onde, ou terceira fase pentecostal,
surgem o que se denomina de neopentecostalismo. Um movimento de
grande projeção que além das características do pentecostalismo
cultivam:</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.35cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">abandono</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">(ou abrandamento) do
ascetismo, valorização do pragmatismo, utilização de gestão</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">empresarial na condução
dos templos, ênfase na teologia da prosperidade, utilização da
mídia para o trabalho de proselitismo</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">em massa e de propaganda
religiosa (por</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">isso
chamadas de “igrejas eletrônicas”)</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">e centralidade da teologia
da batalha espiritual contra as outras denominações</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">religiosas, sobretudo as
afro-brasileiras e</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">o
espiritismo.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote26sym" name="sdfootnote26anc"><sup>26</sup></a></span></sup></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Há nesta visão uma guerra
espiritual intensa contra o diabo e seus anjos seguidores, a
concepção de que a prosperidade depende do afastamento de demônios
e a pobreza estaria a eles associadas. Deus seria, então, um pai
amoroso que proveria a saúde, a prosperidade e a riqueza, concebidas
em seus sentidos físicos, espirituais e materiais.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Ainda há o uso da glossolalia,
mas que perdeu campo para outras ações que são enfatizadas pelo
neopentecostalismo como os dons da cura física, a libertação dos
demônios e a prosperidade. Ainda que se sustente que a palavra
possui um forte poder no processo mágico-religioso. Esse poder são
demonstrados</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.35cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">nas sessões de
cura, por</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">exemplo,
é comum que o pastor peça para</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">as pessoas fecharem os
olhos [7 Ou seja há nesse momento uma concentração da atenção do
fiel no sentido da audição], enquanto</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">ele faz uma oração na
qual suas palavras</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">são
carregadas de ênfase. Ao final, “ordena”</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">veementemente, “em nome
de Jesus”, que</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">os
males saiam do corpo dos enfermos.</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">É no momento dessa “ordem
verbal” que</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Deus,
acredita-se, opera a cura. As pessoas</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">que se sentem curadas são
convidadas a dar</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">pública
e oralmente um testemunho sobre</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">a bênção recebida.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote27sym" name="sdfootnote27anc"><sup>27</sup></a></span></sup></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Nas sessões de exorcismo, na
qual o pastor ordena que os demônios se manifestem no corpo do fiel
de onde é expulso. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.35cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Nesse</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">momento há inclusive um
ato de efervescência coletiva em que a multidão grita efusivamente:
“Sai! Sai!” ou “Queima! Queima!”.</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">O uso do verbo “queimar”
remete, aliás,</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">a
um duplo simbolismo: o da “língua de</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">fogo” do Espírito Santo
e o do poder que as</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">palavras ditas com fé têm
de realizar a coisa</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">proferida, nesse caso a
destruição (queima)</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">do
demônio.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote28sym" name="sdfootnote28anc"><sup>28</sup></a></span></sup></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"> </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">O contexto da palavra também
foca outros elementos mágico-religiosos que surgem para haver a
transformação da realidade: “as palavras de fogo, línguas de
anjos, ordenação de cura divina e expulsão de demônios.”</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote29sym" name="sdfootnote29anc"><sup>29</sup></a></span></sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
Vagner Gonçalves da Silva destaca que há proximidade em relação à
tradição das religiões Afro-brasileira, visto que a palavra nessas
religiões são revestidas de valores simbólicos.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote30sym" name="sdfootnote30anc"><sup>30</sup></a></span></sup></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Outra novidade deste movimento
pentecostal foi a recuperar o êxtase dentro do cristianismo. Dá-se
ênfase à presença do Espírito Santo de Deus na própria pele do
fiel, o qual entra em transe ao receber esse espírito. Essa
possessão é diferente da ação de outros espíritos que agem como
encosto sobre o corpo da pessoa. Desta forma é que Edir Macedo
condena as religiões que invocam espíritos, demonstrando uma visão
do corpo como um santuário, que em geral é visto pelo cristianismo
como morada do eu e de Deus. Destaca-se então que:</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.35cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">A constante
tentativa do demônio de se apoderar desse corpo visa a </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">destruir esta que é a
principal obra do criador: o homem na sua dupla condição, corpo e
alma. Fortalecer o Eu junto ao espírito de Deus é a única forma de
vencer esse inimigo, daí a possessão do Espírito Santo ser aceita
legitimamente, pois pousa no corpo da criatura o espírito do
criador. </span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote31sym" name="sdfootnote31anc"><sup>31</sup></a></span></sup></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Por outro lado o transe pode
focar uma possível entidade maligna que se apossa das pessoas para
fazer o mal, o que é diferente em relação ao que ocorre com as
religiões Afro-brasileiras, visto que nessas as entidades só trazem
benefícios:</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.35cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: x-small;">No
neopentecostalismo, ao contrário, o transe (de uma única
divindade) e o “sacrifício”</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.35cm; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">(dos demônios/exus)
visam a constituir uma noção de pessoa por subtração (expulsão)
permanente da presença de um </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">“</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">sobrenatural
maligno” que insiste em </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">habitar o corpo dos fiéis.
Nesse caso </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">é
o “Eu” que se diviniza ao se libertar de </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">uma espiritualidade tida
como maligna e </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">errada
em contato com um espírito não individualizado, o Espírito Santo.
Por isso,</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">o
diabo (exu) quando nele se manifesta</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">fala a língua dos homens
e de sua cultura</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">(compreensível), enquanto
a pessoa está</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">inconsciente, narrando
suas façanhas malévolas. Moralmente, esse “Eu” é visto,</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">portanto, como
essencialmente bom e certo</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">e, a princípio, não
poderia ser responsabilizado pelos atos maus e errados cometidos</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">sob a influência dessa
outra “persona” que</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">o
invade. Da mesma forma, esse “Eu”,</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">ao ser visitado pelo
Espírito Santo e falar a língua dos anjos (incompreensível aos
homens), não perde sua consciência, ou, se </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">quisermos, a da trindade
divina, se torna </span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">“</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">várias
pessoas em uma”.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote32sym" name="sdfootnote32anc"><sup>32</sup></a></span></sup></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Desta forma pode-se destacar como
fontes principais de algumas igrejas neopentacostais o conjunto de
entidades (denominadas espíritos) que promovem malefícios e que
precisam ser combatidos. A visão apresentada é o combate do mal com
o Espírito Santo de Deus nas sessões realizadas.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Mais dissociado das doutrinas e
com uma adequação à economia de mercado a teologia da prosperidade
se constitui do principal fator de crescimento dessas igrejas.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Outros pontos de atração do
neopentecostalismo ultrapassam as questões financeiras, focalizando
através de mensagens como </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;">
<span style="font-size: x-small;"><i>Pare de Sofrer</i>, os líderes neopentecostias
afirmam debelar,<i> em nome de Jesus</i>, quaisquer tipos de
sofrimento, que vão desde a resolução de problemas com drogas,
alcoolismo e violência dentro da família, passando pela cura de
todo tipo de doença (física ou mental), exorcismo de opressões
espirituais, encostos, até a resolução de questões tão genéricas
como conflitos amorosos, mau olhado e inveja.<sup><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote33sym" name="sdfootnote33anc"><sup>33</sup></a></sup></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Por outro lado a concepção de
pós-modernidade, a qual amarga insegurança social e esvaziamento
das instituições democráticas, se refletem nestas igrejas
evangélicas nas quais seus fieis buscam uma identidade ao se
configurarem como comunidade. “O que torna o neopentecostalismo uma
ilha de comunidades pós-modernas é que, além de louvar o consumo,
os modos de ser, cantar e vestir do estilo urbano secular, dando-lhe
tonalidades religiosas, também cria mecanismos de defesa</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">que contra a desagregação
identitária e a atomização que essa cultura traz em seu bojo”.</span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote34sym" name="sdfootnote34anc"><sup>34</sup></a></span></sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
Estes elementos que tornam a sociedade desagregadora, numa
desesperança em relação a uma construção identitária e coletiva
a partir das instituições políticas, prolifera o medo nos espaços
urbanos.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Vê-se nesse sentido que “a
comunidade neopentecostal oferece a prosperidade pela barganha que o
fiel pode estabelecer com a divindade, mas, como muitas instituições
religiosas, cobra o preço da</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;">autonomia e da
autoafirmação em troca da segurança que pretende conceder.” </span><sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote35sym" name="sdfootnote35anc"><sup>35</sup></a></span></sup><span style="font-family: Times New Roman, serif;">
Por outro lado ainda há os pastores que utilizam a retórica do
terror da ira divina, o qual substitui o pagamento de dízimos por
doações, as quais se apresentam em maior quantidade de dinheiro que
se fossem pagos apenas os dízimos.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Estas diferenças, do
protestantismo histórico e do protestantismo pentecostal em relação
ao protestantismo neopentecostal, confirmam que aspectos dos ritos de
outras manifestações religiosas utilizados. Outro aspecto é o fato
de ser também a religião da mídia. Por ela o neopentecostalismo
usa seu poder de marketing e as informações administrativas e
econômicas necessárias para multiplicar os seus ganhos, muito além
do seu discurso referente ao cristianismo. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><b>Referências</b></span></div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
ANDRADE,
Moisés Germano de. <b>Assim Falou Pedro Trajano: </b>Uma história
da Assembleia de Deus. Recife: Fundação Antonio dos Santos
Abranches, 2010.</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
CARNEIRO,
Henrique Figueiredo. O Neopentecostalimo e os novos discursos
religiosos contemporâneos. Labore: Laboratório de Estudos
Contemporâneos. <b>Polêmica: Revista Eletrônica</b>. UERJ, Rio de
Janeiro, 2007, Disponível em: <www.polemica.uerj.br>, Acesso
em 15 de maio 2014.</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
DOWLEY,
Tim. <b>Os cristãos:</b> Uma história ilustrada. São Paulo:
wmfmartinsfontes, 2009.</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
SILVA,
Vagner Gonçalves da. Concepções religiosas afro-brasileiras, e
neopentecostais: uma análise simbólica. <b>REVISTA USP</b>, São
Paulo, n. 67, p. 150-175, setembro/novembro 2005.</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
SOUSA,
Bertone de Oliveira. <b>A importância da noção de comunidade no
neopentecostalismo: um estudo sobre a</b><b> </b><b>Comunidade
Evangélica Schalom em Imperatriz-MA</b>. UFG, Acesso em 15 maio
2014.</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div id="sdfootnote1">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote1anc" name="sdfootnote1sym">1</a><span style="font-family: Times New Roman, serif;">DOWLEY,
Tim. Os cristãos: Uma história ilustrada. São Paulo:
wmfmartinsfontes, 2009, p. 129.</span></div>
</div>
<div id="sdfootnote2">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote2anc" name="sdfootnote2sym">2</a><span style="font-family: Times New Roman, serif;">DOWLEY,
op. cit., 2009, p. 129-130.</span></div>
</div>
<div id="sdfootnote3">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote3anc" name="sdfootnote3sym">3</a><span style="font-family: Times New Roman, serif;">DOWLEY,
op. cit., 2009, p. 131.</span></div>
</div>
<div id="sdfootnote4">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote4anc" name="sdfootnote4sym">4</a><span style="font-family: Times New Roman, serif;">DOWLEY,
op. cit., 2009, p. 132-133.</span></div>
</div>
<div id="sdfootnote5">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote5anc" name="sdfootnote5sym">5</a>DOWLEY,
op. cit., p. 134-36.</div>
</div>
<div id="sdfootnote6">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote6anc" name="sdfootnote6sym">6</a>DOWLEY,
op. cit., p. 136.</div>
</div>
<div id="sdfootnote7">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote7anc" name="sdfootnote7sym">7</a>DOWLEY,
op. cit., p. 136.</div>
</div>
<div id="sdfootnote8">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote8anc" name="sdfootnote8sym">8</a>DOWLEY,
op. cit. p. 137.</div>
</div>
<div id="sdfootnote9">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote9anc" name="sdfootnote9sym">9</a>DOWLEY,
Op. cit., 2009, p. 137.</div>
</div>
<div id="sdfootnote10">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote10anc" name="sdfootnote10sym">10</a>DOWLEY,
Op. cit., 2009, p. 138.</div>
</div>
<div id="sdfootnote11">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote11anc" name="sdfootnote11sym">11</a>DOWLEY,
Op. Cit., 2009, p. 141.</div>
</div>
<div id="sdfootnote12">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote12anc" name="sdfootnote12sym">12</a>DOWLEY,
Op. cit., 2009, p. 143.</div>
</div>
<div id="sdfootnote13">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote13anc" name="sdfootnote13sym">13</a>DOWLEY,
Op. cit., 2009, p. 143.</div>
</div>
<div id="sdfootnote14">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote14anc" name="sdfootnote14sym">14</a>DOWLEY,
Op. cit., 2009, p. 143.</div>
</div>
<div id="sdfootnote15">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote15anc" name="sdfootnote15sym">15</a>DOWLEY,
Op. cit., 2009, p. 143.</div>
</div>
<div id="sdfootnote16">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote16anc" name="sdfootnote16sym">16</a>DOWLEU,
Op. cit., 2009, p. 143.</div>
</div>
<div id="sdfootnote17">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote17anc" name="sdfootnote17sym">17</a>DOWLEY,
Op. cit., 2009, P. 144.</div>
</div>
<div id="sdfootnote18">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote18anc" name="sdfootnote18sym">18</a>DOWLEY,
Op. cit., 2009, p. 144.</div>
</div>
<div id="sdfootnote19">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote19anc" name="sdfootnote19sym">19</a>DOWLEY,
Op. cit., 2009, p. 144.</div>
</div>
<div id="sdfootnote20">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote20anc" name="sdfootnote20sym">20</a>ANDRADE,
Moisés Germano de. Assim Falou Pedro Trajano: Uma história da
Assembleia de Deus. Recife: Fundação Antonio dos Santos Abranches,
2010.</div>
</div>
<div id="sdfootnote21">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote21anc" name="sdfootnote21sym">21</a>ANDRADE,
Op. cit., 2010.</div>
</div>
<div id="sdfootnote22">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote22anc" name="sdfootnote22sym">22</a>DOWLEY,
Op. cit., 2009, p. 146.</div>
</div>
<div id="sdfootnote23">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote23anc" name="sdfootnote23sym">23</a>DOWLEY,
Op. cit., 2009, p. 146-147.</div>
</div>
<div id="sdfootnote24">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote24anc" name="sdfootnote24sym">24</a>DOWLEY,
Op. cit., 2009, p. 147.</div>
</div>
<div id="sdfootnote25">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote25anc" name="sdfootnote25sym">25</a>DOWLEY,
Op. cit., 2009, p. 147.</div>
</div>
<div id="sdfootnote26">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote26anc" name="sdfootnote26sym">26</a>SILVA,
Vagner Gonçalves da. Concepções religiosas afro-brasileiras, e
neopentecostais: uma análise simbólica. REVISTA USP, São Paulo,
n. 67, p. 150-175, setembro/novembro 2005, p. 152.</div>
</div>
<div id="sdfootnote27">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote27anc" name="sdfootnote27sym">27</a>SILVA,
Op. cit., 2005, p. 153.</div>
</div>
<div id="sdfootnote28">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote28anc" name="sdfootnote28sym">28</a>SILVA,
Op. cit., 2005, p. 153.</div>
</div>
<div id="sdfootnote29">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote29anc" name="sdfootnote29sym">29</a>SILVA,
Op. cit., 2005, p. 154.</div>
</div>
<div id="sdfootnote30">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote30anc" name="sdfootnote30sym">30</a>Consultar
em SILVA, 2005.</div>
</div>
<div id="sdfootnote31">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote31anc" name="sdfootnote31sym">31</a>SILVA,
Op. cit., 2005, p. 155.</div>
</div>
<div id="sdfootnote32">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote32anc" name="sdfootnote32sym">32</a>SILVA,
Op. cit., 2005, p. 157.</div>
</div>
<div id="sdfootnote33">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote33anc" name="sdfootnote33sym">33</a>CARNEIRO,
Henrique Figueiredo. O Neopentecostalimo e os novos discursos
religiosos contemporâneos. Labore, Laboratório de Estudos
Contemporâneos. Polêmica: Revista Eletrônica. UERJ, Rio de
Janeiro, 2014, p. 2.</div>
</div>
<div id="sdfootnote34">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote34anc" name="sdfootnote34sym">34</a>SOUSA,
Bertone de Oliveira. A importância da noção de comunidade no
neopentecostalismo: um estudo sobre a</div>
<div class="sdfootnote-western">
Comunidade Evangélica Schalom em
Imperatriz-MA</div>
<div class="sdfootnote-western">
. UFG. 2014, p. 3.</div>
</div>
<div id="sdfootnote35">
<div class="sdfootnote-western">
<a class="sdfootnotesym" href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4894991073387782752#sdfootnote35anc" name="sdfootnote35sym">35</a>SOUSA,
Op. cit. 2014, p. 15.</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-7328102072871056342014-06-05T19:32:00.001-04:002014-06-05T19:32:22.627-04:00Curso de InglêsGrátis e pela internet e ainda com muita qualidade, o curso promovido pela UNIVESP fornece a qualidade da contextualidade dos cursos da BBC de Londres e com explicações em português pela professora Marisa Leite de Barros. Veja a primeira das 60 aulas:<br />
<a href="http://univesptv.cmais.com.br/follow-me-1/verbo-to-be">http://univesptv.cmais.com.br/follow-me-1/verbo-to-be</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-83490261173081094482014-06-02T13:18:00.001-04:002014-06-02T13:38:09.235-04:00Formação continuada-maio/2014Confirmamos a data e o local da Formação continuada do Ensino Religioso de Roraima. Será realizada no dia 05 de junho de 2014 e o Local será a Escola Oswaldo Cruz.<br />
Horários: matutino ou vespertinoUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4894991073387782752.post-36631478327845797172014-05-13T17:03:00.000-04:002014-05-13T17:03:13.799-04:00Seminário de LinguagensDivulgo o II Seminário de Linguagens, promovido pelo CEFORR:<br />
<img alt="" class="fbPhotoImage img" height="300" id="fbPhotoImage" src="https://fbcdn-sphotos-b-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn2/t1.0-9/p600x600/10313974_630945423659697_7856611635270631723_n.jpg" width="400" />Unknownnoreply@blogger.com0